O secretário executivo da Agricultura e Pecuária (Seagro), Ruiter Padua, participou na noite desta terça-feira, dia 21, de uma reunião técnica que propôs um Estudo de Viabilidade Técnico Econômico e Ambiental dos Rios Tocantins e Araguaia – Evtea. A apresentação foi realizada no auditório do Hotel Jalapão pelas empresas de engenharia consorciadas R.Peotta, Hidrotopo e Enefer, vencedoras da licitação aberta pela Companhia Docas do Maranhão (Codomar), recebendo assim, a concessão para realizar os estudos. Estiveram presentes representantes do poder público, setor produtivo, sindicatos e demais entidades que representam os diversos segmentos das comunidades.
Estes encontros estão sendo realizados durante todo este ano envolvendo várias regiões do Brasil, cortadas pelos Rios Tocantins e Araguaia, com o objetivo de estudar uma viabilidade para a criação de hidrovias nesses dois rios. As cidades que compõem o edital são Palmas – TO, Belém – PA, Marabá – PA, Conceição do Araguaia – PA e Imperatriz – MA. Segundo o coordenador do Evtea, Fábio Esperança, é uma reunião participativa, onde a comunidade pode trocar experiências e dar sugestões sobre como deve ser aproveitado esse corredor natural dos rios.
Segundo Ruiter Padua, o nosso País se move através de ferrovias e rodovias. Se houver investimento no transporte hidroviário, onde o custo do frete é bem mais baixo, o produtor poderá ter maior competitividade para vender e exportar seu produto, fomentando em maior escala a economia. “A nossa mercadoria vem de Manaus pra São Paulo. Se ela utilizar a hidrovia até Praia Norte, e subir até Campinas por ferrovia, ela terá uma redução de custo de 33% com relação ao valor do frete. Então, se viabilizar essa hidrovia até a cidade de Peixe, nós teremos um barateamento dessa mercadoria que sai de Manaus pra chegar em Campinas em torno de 60%. Só isso já justificaria a luta do Governo do Estado para termos a hidrovia funcionando. Não esquecendo que nossas exportações de grãos poderão ser feitas através da hidrovia para o exterior”, afirma Padua.
Custos
Durante todo o ano será feito um levantamento de campo, definindo as áreas de influência, infraestrutura, transporte, rotas e custos, buscando atualizar todos os dados de estudos ambientais. A previsão para início da obra é para 2020. Todos os investimentos e adequações nas hidrovias devem ficar em torno de R$ 17 bilhões, a serem distribuídos ao longo de 11 anos, ou seja, até 2031.
Encontros
Serão agendados até dezembro deste ano, reuniões técnicas com autoridades, representantes dos conselhos de recursos hídricos, representantes de organizações não governamentais, entidades ligadas ao meio ambiente, empresários e comunidade das principais organizações envolvidas. Sempre com a presença de técnicos da Secretaria de Planejamento e da Modernização da Gestão Pública do Tocantins (Seplan), do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), da Associação dos Produtores de Soja da Região Centro-Oeste (Aprosoja), da Companhia de Docas do Maranhão (Codomar) e das hidrovias Ahimor e Ahitar. (Ascom Seagro)