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Palmas

Foto: Antonio Gonçalves

Com o tema desenvolvimento urbano e sustentabilidade, para que Palmas se torne uma cidade sustentável, vários profissionais, entre arquitetos urbanistas e economistas, deram sequência na tarde desta quarta-feira, 26, ao Seminário Validação do Programa Iniciativa Cidades Sustentáveis (Ices). O evento coordenado pelo Instituto Municipal de Planejamento Urbano de Palmas (Impup) acontece até sexta-feira, 28, no Instituto de Previdência de Palmas (PreviPalmas).

O Seminário é resultado da adesão de Palmas ao Programa Iniciativa Cidades Sustentáveis (Ices), desenvolvido pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e Caixa Econômica Federal (CEF), que consistirá na realização de estudos e planejamentos para que a Cidade de desenvolva de forma sustentável. 

Desafio

O arquiteto urbanista Marcos Bicalho abordou a temática Mobilidade/Transporte, apresentando indicadores sobre as condições físicas do sistema viário, a distribuição modal, idade média da frota, sistema de planejamento e administração de transportes e índices de acessibilidade econômica. Para Bicalho, o índice de acessibilidade econômica em Palmas é baixo. "É preciso políticas de investimentos na mobilidade  aprimorada", disse.

O presidente do Impup, Luiz Massaru, acredita que quanto mais se criar o adensamento urbano mais irá  melhorar a política de mobilidade e transporte da Capital. "É um desafio para a gestão para transformar  a cidade de Palmas de forma  sustentável, pois são dados que nos fundamenta para trabalharmos nossas políticas de inclusão nessa área”, disse.

Pontos fortes

Dando continuidade às discussões, a arquiteta e urbanista Maria Célia apresentou os índices relativos ao uso do solo e do ordenamento territorial.

Maria Célia  destacou pontos fortes  da gestão, como a criação do Impub, espaços públicos de recreação, plano de uso do solo, plano mestre atualizado, taxa de crescimento  anual da malha urbana, e densidade da população urbana. E também pontos fracos, como  déficit de moradia em áreas verdes por 100 mil/habitantes. “Precisamos ocupar de forma ordenada os espaços vazios para termos uma sustentabilidade maior”, ressaltou.

Também foram apresentados  índices sobre conectividade, a exemplo da assinatura de internet de banda larga tanto fixa como móvel, e a alta quantidade de assinatura de telefone móveis.

Dados

Na área da Educação foram apresentados dados sobre taxa de analfabetismo entre adultos e relação entre alunos e docentes, e o bom desempenho da prova Brasil-Leitura e prova Brasil- Matemática.

Na área de Segurança Pública, os indicadores mostraram um dado preocupante,  sobre taxa de homicídios,  com índice de 25,6 para cada 100 mil habitantes, de acordo com o mapa/12. Os índices apresentados pelo Sistema Integrado de Operações (SIOP), divergiram dos índices divulgados pela Secretaria  de  Segurança e Defesa Civil.

Para o secretário Francisco Viana, a criação do observatório de segurança será fundamental para a unificação de todos os dados sobre a violência. "Com o observatório teremos uma política de segurança mais efetiva gerando dados estatísticos mais confiáveis", disse.

Na área da Saúde,  os dados seguem a tendência nacional com destaque para  a esperança de vida ao nascer,  a esperança de vida masculina e feminina ao nascer, taxas de mortalidade, médicos por 100 mil/habitantes e leitos por cada 100 mil habitantes.

Indicadores

A economista Eliane elencou diversos indicadores sobre a desigualdade urbana, a exemplo  da população  que vive abaixo da linha da pobreza e moradias localizadas em assentamentos informais,  como também o  PIB per capta da cidade.

Também foram apresentados resultados dos indicadores na área de  emprego, como taxa desemprego e empregos informais.

Outro indicador apresentado foi sobre a competitividade da economia palmense, com   destaque para o  tempo necessário para se obter uma licença de negócios e  o PIB per capta da cidade.

A  coordenadora do Ices, e  especialista em desenvolvimento urbano e saneamento do BID, Márcia Casseb,  explica que os resultados apresentados  servirão para traçar um perfil de Palmas e quais ações deverão ter prioridade para o planejamento da gestão municipal. “Através desses estudos vimos como a  cidade se comporta  diante dos indicadores. Podemos melhorar a forma de desenvolvimento econômico trabalhando o que a cidade tem a oferecer com todo seu potencial”, enfatizou.

Os diagnósticos estão sendo realizados desde março último,  por especialistas do Pólis e apoio de técnicos da Prefeitura. Também já foram executados pelo Consórcio Idom/Cobrape três estudos nas áreas de Emissões de Gases de Efeito Estufa; Vulnerabilidade às Mudanças do Clima; e de Crescimento Urbano. Além dos diagnósticos técnicos será realizada uma pesquisa de opinião pública para verificar como a população enxerga a cidade.

O presidente do Impup, Luiz Massaru, finalizou os trabalhos destacando que a  partir do resultado dos indicadores serão definidas as áreas de ação prioritárias para a Capital.  "Esse trabalho nos dará  uma  plataforma muito boa em termos de indicadores e de prioridades para alicerçarmos nosso planejamento”, destacou.

Programação

Quinta-feira, 27, auditório PreviPalmas

Manhã: apresentação dos resultados finais dos três estudos base.

Tarde: capacitação da ferramenta para a modelagem de riscos de inundação fluvial.

Sexta-feira, 28, auditório PreviPalmas

Manhã: capacitação e detalhamento da ferramenta do inventário de gases de efeito estufa.

Tarde: capacitação e discussão do cenário intermediário de crescimento urbano. (Secom Palmas)