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Estado

Foto: Dirceu Leno

Depois de reunir a equipe de governo e pontuar as principais áreas que precisam de investimentos, a Prefeitura de Tocantinópolis decidiu pela não realização do Carnaval na cidade este ano. A decisão foi tomada pelo prefeito Fabion (PR) após reunião com todos os Secretários Municipais e assessores nesta semana no auditório da Secretaria de Saúde. O dinheiro que seria destinado ao evento deve ser revestido em ações de saúde, educação, infraestrutura urbana e folha de pagamento.

Contenção de despesas. Essa é a recomendação do prefeito para tentar honrar compromissos com a população. Atualmente o Estado deve ao município R$ 739,5 mil. Com o não pagamento deste montante, a Prefeitura não tem condições para realização do evento.

A administração municipal esclarece que o ano de 2015, não só no município, mas principalmente em todo o país deverá haver um déficit de arrecadação e repasses financeiros dos governos Estadual e Federal às prefeituras.

“Acreditamos que teremos o apoio dos munícipes, sobretudo aqueles que conhecem as dificuldades do município, bem como a necessidade de mantermos a cidade bem cuidada e os serviços essenciais funcionando de acordo com a necessidade da população”, afirma Fabion.

O déficit no orçamento deve-se aos repasses inferiores do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e queda do ICMS Ecológico. O município deixará de receber cerca de R$ 150 mil mensais. Além disso, os repasses do Fundeb também diminuíram, esse ano Tocantinópolis vai receber aproximadamente R$ 5,7 milhões do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação.

O Prefeito justifica que a situação se deu em razão da economia do Brasil, que não anda bem. Portanto, a arrecadação federal, estadual e municipal sofreu essa queda. Na prática, o gestor informou que o dinheiro que deixará de ser arrecadado representa um forte arrocho com relação a despesas, folha de pagamento dos servidores e fornecedores da prefeitura.

Neste sentido, Fabion prevê um ano de dificuldades financeiras e econômicas. “A exemplo das situações de alguns municípios, a Prefeitura vem mantendo em dias os pagamentos. Iremos tomar as providências para conter essa crise, discutindo questões que envolvam ações para conter e tentar economizar o máximo possível as despesas”, comentou.

Uma medida já adotada a fim de gerar economia, foi estabelecer o horário corrido das 7h às 13h, em algumas repartições da Prefeitura. “A Prefeitura propôs o horário das 7h às 13h para o funcionamento de algumas repartições, ou seja, será um teste para conter gastos e economizar algumas coisas nas secretarias como: água, luz, telefone, papel, dentre outros”, argumenta Fabion.

Independente dessa decisão, o Governo Municipal explica que há outras providencias a serem tomadas neste início de ano, como cortes nas diárias e gratificação dos servidores com relação à produção de todos os funcionários. Ou seja, os que trabalham e produzem terão uma gratificação, já os que não estiverem dentro das expectativas e normas e, não atenderem as demandas de cada secretaria terão os pontos e encargos cancelados.

Fabion disse que apesar da situação que os municípios estão passando, a cidade de Tocantinópolis vai bem. “As coisas estão difíceis, contudo estamos andando com precisão. Tocantinópolis tem melhorado bastante. O município perdeu muito por consequência da localização geográfica em que ele se encontra. Agradecemos muito as empresas Bonasa Alimentos, Agronorte, Tobasa, Dubico, Brasnica, Shopping Boa Vista e demais empresas comerciais, que ajudam a alavancar a economia e contribuir para a geração de emprego e renda do município”, destacou.

“Diante de todas as dificuldades, a Prefeitura de Tocantinópolis mostra-se equilibrada. Por isso estaremos trabalhando diuturnamente para fazer do nosso município uma cidade com mais oportunidades, mantendo sempre boas ideias para o bem comum de todos”, garante Fabion.

Como incentivo, o prefeito Fabion decidiu ainda que irá ofertar uma ajuda de custo às igrejas que fazem retiros no período do carnaval. “Iremos ajudar as igrejas que promovem o carnaval com Cristo. Sentaremos com os pastores e representantes das igrejas católicas para decidir qual prioridade eles necessitam. Acredito que com essa ideia será bem melhor se divertir na paz de Deus. Estar na companhia da família e dos amigos será bem melhor, principalmente porque estarão livres de algum ato violento, que por ventura vier a ser cometido contra a vida de algum ente”, comenta.

Para Fabion, a decisão do cancelamento do carnaval foi muito difícil, contudo será uma medida preventiva para a contenção e manutenção dos serviços públicos. “O carnaval, realizado em via pública, exige um grande investimento de recursos públicos para a contratação das atrações musicais e estrutura, como palco, sonorização, iluminação, sanitários e serviços de brigadistas e seguranças. Entendemos que o volume a ser investido, para o evento carnavalesco, não é visto como prioridade, dentro das atuais circunstâncias econômicas, já que todo o custo deveria ser coberto com recursos próprios da Prefeitura, o que colocaria em risco o custeio de outras necessidades emergenciais do município”, finaliza. (Ascom Tocantinópolis)