O cultivo de soja no Tocantins tem passado por um crescimento constante e está com uma expectativa de aumento de 20% na produção e 10% na área plantada na safra 2014/2015. A produção se intensifica com o apoio do Governo do Estado que, por meio da Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Tocantins (Adapec), monitora continuamente as áreas de lavoura.
De acordo com o diretor de Defesa, Inspeção e Sanidade Vegetal da Adapec, Luís Henrique Michelin, o trabalho começa antes mesmo da plantação e se desenvolve ao longo de todo o ano, com monitoramento de 100 mil hectares de área plantada por mês. “Os trabalhos acontecem em função de programas do Ministério da Agricultura. Hoje temos no Brasil o programa para controlar a ferrugem asiática e um programa nacional para Helicoverpa Armigera, que é uma lagarta que entrou no Brasil em 2011”, destacou.
Produção de soja
Para a safra de soja 2014/2015 espera-se que os números ultrapassem a casa de 800 mil hectares plantados. De acordo com o engenheiro agrônomo da Secretaria de Desenvolvimento da Agricultura e Pecuária, Genebaldo Queiroz, no Tocantins tem acontecido a abertura de novas áreas de plantio de soja. “Nos últimos anos, novas áreas estão sendo incorporados à produção de grãos, principalmente áreas de pastagem que estavam degradas", explica. Ele também reforça outro fator que tem contribuído para o crescimento da produção, que é a confiança dos produtores em investir no Estado.
Ainda de acordo com Queiroz, o início das colheitas traz boas expectativas. “A soja está no inicio da colheita e já estamos vendo que os resultados positivos estão sendo alcançados. A expectativa da Companhia Nacional de Abastecimento, é de uma área plantada de mais de 820 mil hectares, com a produção total de mais de 2 milhões e 300 mil toneladas a serem colhidas nesta safra. No mês de março é quando se intensificam as colheitas. Aguardamos o encerramento para ver se esses números se confirmam”, disse.
Referência nacional
O acompanhamento da produção de soja no Estado pela Adapec também tem colocado a produção de soja, em especial a de sementes, na entressafra, no mapa das referências nacionais, como apontou Michelin. “Para as regiões Norte, Nordeste e parte do Centro-Oeste, o Estado é tido como referência na produção de sementes e, principalmente, para pesquisas. Praticamente todas as instituições de pesquisas vêm aqui para o Estado. Toda a semente produzida no Brasil tem um direcionamento para ser multiplicada aqui”, ressaltou.