O Sindicato dos Policiais Civis do Tocantins (Sinpol) informou que apresentará nesta sexta-feira, 13, mais uma proposta ao Governo do Tocantins pelo fim da greve da categoria que já chega ao 16° dia. Segundo o Sinpol, na noite da última quinta-feira, 12, o governo encaminhou uma contraproposta ao Sindicato mas não contemplou os anseios da categoria.
O presidente do Sindicato, Moisemar Marinho, afirmou que a contraproposta não trouxe algo novo, "trata-se de uma peça subjetiva", disse. Marinho afirmou ainda que, na proposta, o governo retrocedeu nos itens oferecidos aos servidores. "Anteriormente, eles admitiam o pagamento do retroativo. Desta vez, a proposta não contempla o pagamento de retroativo", disse o presidente.
O presidente do Sinpol, Moisemar Marinho, afirmou em entrevista ao Conexão Tocantins na manha desta sexta-feira que o Sindicato ainda está decidindo se irá entregar a proposta pela manhã ou no período da tarde. Segundo disse Moisemar, a greve só tende a ser agravada mais ainda e a categoria está desesperançosa. "Está se agravando mais. Não temos esperança de parar não. Está sendo difícil. O Governo não abre diálogo", argumentou.
O Sinpol informou que havia proposto ao governo que efetuasse o pagamento da primeira parcela ao final do quadrimestre deste ano, além do parcelamento em seis vezes do retroativo e que os policiais entraram em greve após o governador Marcelo Miranda suspender, por decreto, os efeitos financeiros da lei 2.851/2014 que regulamenta conquista dos policiais civis, com o alinhamento da carreira dos servidores.
O Sinpol argumenta que o alinhamento foi promovido pelo próprio governador Marcelo Miranda em 2007, na sua penúltima gestão, porém, a regulamentação da conquista se arrastou por todos os governos seguintes e só veio a ocorrer em abril do ano passado, para ter efeitos financeiros parcelados em quatro vezes a partir de 2015. O sindicato sustenta que a parcela de 2015 do alinhamento corresponde em 1% da folha de pagamento do Estado.
Mobilização
Haverá, segundo informou o Sinpol, mobilização da categoria nas delegacias especializadas nesta sexta-feira, em Palmas e às 18 horas haverá concentração de policiais na Casa de Prisão Provisória de Palmas (CPPP).
"O comando de greve percorrerá os locais para dar aos servidores informações e satisfação sobre o andamento do movimento na capital e no interior. Iniciada nesta manhã, a mobilização se estenderá até o final da tarde desta sexta-feira, 13", explicou Moisemar Marinho.