A implantação de um Complexo Educacional Ambiental e Patrimonial foi tema de uma reunião envolvendo diversos órgãos estaduais, municipais, universidades e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O movimento idealizado pelo secretário de Estado da Educação, Adão Francisco de Oliveira, ocorreu na sede da Seduc, em Palmas, e busca a união de forças para a implantação do projeto que seria uma iniciativa inédita no País.
De acordo com o secretário Adão Francisco, as discussões iniciais apontam para a construção de um complexo que contemple os sítios arqueológicos, fauna, flora e toda a riqueza da Serra do Lajeado. “A ideia da Seduc é dinamizar a educação ambiental e patrimonial tendo como elemento fundamental os sítios arqueológicos da Serra do Lajeado”, frisou.
O professor e pesquisador da Universidade Federal do Tocantins (UFT) e da Universidade do Tocantins (Unitins), Marcos Aurélio Câmara Zimermann, que também coordena o Núcleo Tocantinense de Arqueologia (Nuta), ressaltou que a ideia do complexo é pioneira no Brasil, pois contempla a educação ambiental, a preservação e o turístico sustentável. “É de grande importância para o Tocantins e vai servir de exemplo ao País. Um espaço como esse pode ser bem aproveitado por professores, pesquisadores e estudantes de maneira bastante interessante”, disse.
Para Wolfgang Teske, representante da Secretaria de Estado da Cultura (Secult), o complexo é altamente positivo porque possibilitará aos estudantes e à população de Palmas o conhecimento de sua própria história, por meio dos sítios arqueológicos. “Com o conhecimento histórico e cultural teremos outro tipo de cidadão em Palmas. A criança e o adulto precisam conhecer para poder preservar nossa riqueza”, definiu.
Segundo a secretária municipal de Desenvolvimento Urbano e presidente interina da Fundação de Meio Ambiente de Palmas, Germana Pires Coriolano, o município irá contribuir na parte da legislação para a estrutura do complexo ambiental e patrimonial. “Vamos estabelecer uma parceria para estruturar os sítios arqueológicos para visitação e para que tenha atividades de pesquisa e turística”, completou.
O superintende do IPHAN, Antônio Miranda, considera a iniciativa importante para a preservação do patrimônio cultural do Brasil, desde que sejam feitos os estudos técnicos necessários para a implementação. “Precisamos seguir as etapas e os estudos para um projeto como esses que prevê a socialização de um patrimônio cultural”, salientou.