A construção civil no Tocantins permanece desaquecida, é o que mostra a Sondagem Industrial da Construção, publicação da Federação das Indústrias do Estado do Tocantins – Fieto. Entre os principais problemas apontados pelos empresários do setor está a falta e auto custo do trabalhador qualificado (50%), a demanda interna insuficiente (37,5%), a elevada carga tributária e falta de financiamentos de longo prazo (25%). A má fase do setor reflete diretamente no dia a dia das empresas, fazendo com que os indicadores de lucro operacional, situação financeira e acesso ao crédito apresentem queda em relação ao último trimestre.
O levantamento destaca que a escassez de trabalhadores qualificados afeta diretamente o segmento industrial, e que a elevada carga tributária aumenta o custo da mão de obra, e, consequentemente, os custos de produção de bens e serviços, além de aumentar os preços e diminuir a competitividade das empresas. Já a falta de financiamento é vista como uma preocupação, “pois o empresário depende de financiamentos e crédito acessível para retomar seus investimentos e reverter a situação de desaquecimento vivida pelo setor”, revela a pesquisa.
O desaquecimento do setor, conforme a Sondagem Industrial da Construção, diminuiu o otimismo dos empresários para os próximos seis meses, e todos os indicadores de expectativas apresentaram quedas em comparação ao trimestre anterior. Problema que pode estar relacionado com a situação econômica que o País está passando, e algumas decisões do governo interferem diretamente na produção industrial, provocando incertezas para o empresariado.
A saída apontada pela Fieto, com base na publicação, para reverter o cenário de desaquecimento do setor da construção civil no Tocantins é ampliar os investimentos e a retomar a produção, fatores que dependem especificamente do sentimento e confiança dos empresários, que quando desmotivados investem menos e, consequentemente, produzem menos e empregam menos.