O Comando Geral da Greve dos servidores públicos estaduais divulgou, no início da manhã desta terça-feira, dia 16, os primeiros números sobre a adesão em Palmas e no interior do Estado. A greve iniciada nesta terça-feira foi convocada pelo Sisepe/TO em reivindicação ao pagamento das progressões e da data-base dos servidores.
Segundo os integrantes do Comando, a adesão nas maiores cidades do Estado está acima de 90%. “Em Gurupi, todos os órgãos pararam. Em Araguaína, na Sefaz somente 01 servidor está trabalhando e nos demais órgãos, todos pararam. Em Porto Nacional, no etran e no Dertins temos adesão total. E em Taguatinga, 100% dos órgãos pararam”, contou o vice-presidente do Sisepe, Milton Rocha, que faz parte do Comando de greve.
Ainda segundo ele, os diretores do Sindicato continuam visitando os órgãos em Palmas, entregando o material de divulgação da greve e levando a lista de presença para que os servidores assinem. “Já passamos pelo Naturatins, Detran e Secad e o número de servidores que aderiram é grande. No Naturatins, por exemplo, nada está funcionando”, pontua Rocha.
O Comando de Greve ressalta ainda que os servidores devem participar em massa na Assembleia Geral que acontecerá às 16 horas, nesta terça, em frente à Secad, na praça dos Girassóis, em Palmas.
No interior, as Assembleias serão no mesmo horário nos seguintes locais: a) Em Porto Nacional: em frente à Delegacia Regional do Sisepe-TO; b) Em Gurupi, no pátio em frente ao Dertins; c) Em Araguaína, em frente ao É Pra Já; d) Em Taguatinga, em frente à Delegacia Regional do Sisepe.
As Assembleias Gerais vão deliberar se a greve continua ou não.
Postura radical
O presidente Cleiton Pinheiro também está no grupo de líderes do Sisepe que está visitando os órgãos estaduais em Palmas. Ele comentou nesta manhã a nota divulgada pela Secad na qual o Governo lamenta a postura radical do Sindicato ao convocar a greve. “Estamos apenas cobrando nossos direitos que estão na lei e que estão todos atrasados. Interessante o Governo falar em radicalismo sendo que enviou ontem o Projeto de Lei de pagamento da data-base parcelada para votação da Assembleia Legislativa. Como é que um Governo que se diz “do diálogo”, envia um projeto de lei sem a aprovação e o consenso das categorias? Tem certeza que o radical da história é o servidor?”, questionou.
Pinheiro recebeu a informação de que o PL da data-base está na casa de leis e seguiu, ainda nesta manhã, para conversar com os deputados estaduais e esclarecer que não houve acordo com a categoria sobre o pagamento parcelado. “Não houve acordo. Como é possível aprovar o projeto sem acordo? E outra coisa. O pagamento parcelado é inconstitucional porque não caracteriza correção da inflação, que é a essência da data-base”, argumentou.