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Saúde

Foto: Zezinha Carvalho O Método Canguru pretende criar laços afetivos entre mãe, pais e familiares O Método Canguru pretende criar laços afetivos entre mãe, pais e familiares

Com a proposta de ampliar os atendimentos às famílias cujos bebês nasceram abaixo do peso considerado ideal que varia de 2,5Kg a 3,8Kg ou que nasceram prematuros, anterior a 40 semanas de gestação, o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) e o Ministério da Saúde (MS) realizam, até esta sexta-feira, 17, na Capital, um curso de capacitação de tutores, que são os profissionais (médicos, enfermeiros e fisioterapeutas) responsáveis pela implantação do atendimento do Método Canguru, considerado referência em vários países da América Latina. A proposta pretende criar laços afetivos entre mãe, pais e familiares daquele bebê que está abaixo do peso, logo após o nascimento, até que atinja 2,5 quilos.

O Método Canguru se tornou política pública de atendimento hospitalar em todo o País no ano 2000. No Tocantins, atualmente, os municípios de Araguaína, Augustinópolis, Gurupi, Paraíso e Porto Nacional realizam os atendimentos, sendo que o Hospital e Maternidade Dona Regina, em Palmas, é referência no atendimento a todo o Estado. De 2011 até este mês de junho, 425 bebês foram atendidos pelo método no Tocantins.

De acordo com a consultora nacional do Método Canguru do Ministério da Saúde e madrinha do Hospital Dona Regina, a fisioterapeuta Vívian Azevedo, a proposta das ampliações do método além das maternidades visam, além de replicar conhecimento por meio da capacitação de tutores, garantir o bem-estar dos bebês por meio do contato pele a pele pelo pai ou a mãe.

De acordo com a consultora, evidências científicas apontam que o contato entre mãe, pai e recém-nascido favorece o vínculo, a regulação térmica e a redução de infecções. “Não tem como a gente pensar só neste bebê dentro do hospital. Ele precisa ser acompanhado também nas unidades básicas. Então, a proposta do Ministério é fazer essa parceria entre o hospital e a unidade básica de saúde. A meta é capacitar todos os profissionais das unidades básicas”, afirmou.

Segundo a coordenadora do Método Canguru do Centro de Referência do Hospital Dona Regina, Helen Manzano, atualmente, existem 52 tutores no Estado, responsáveis pela transmissão de informações às demais equipes técnicas das maternidades do Estado. Com a ampliação dos atendimentos nas unidades básicas de saúde, a coordenadora afirma que os atendimentos aos recém-nascidos vão se estender além das unidades neonatais e ambulatoriais. “Nossa intenção é garantir esses cuidados na terceira etapa do Método Canguru, que são nas unidades básicas de saúde até o bebê atingir o peso de 2,5 kg”.

Evolução

A pequena Ágata Valentina possui apenas 24 dias de vida. Sua chegada prematura, às 35 semanas de gestação, fez com que ela precisasse de cuidados especiais. Por causa disso, a mãe Jaqueline Pereira Nobre, 20, precisou se deslocar do município de Dianópolis, a 320 quilômetros da Capital, para buscar cuidados na Maternidade Dona Regina, em Palmas.

No momento, o carinho afetivo, o contato físico e a preocupação da equipe médica do hospital permitiram que a menina já chegasse aos 1,6 kg. Mas ainda falta mais. “Tudo ainda é muito novo, é a minha primeira filha e ainda precisou de cuidados especiais. Mas estou gostando do contato direto com minha filha. Ela está ficando forte e saudável. Logo ela vai atingir o peso ideal e poderemos voltar pra casa”, afirma a nova mãe. (Secom-TO)