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Polí­tica

Foto: Divulgação

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Na sessão desta quarta-feira, 24, na Câmara de Palmas, o vereador Lúcio Campelo (PR) questionou a aplicação dos recursos públicos em Palmas. O parlamentar informou que, ao fazer trabalho de fiscalização dos recursos, constatou que a reforma de um Cmei na Capital custou o equivalente para construção de um outro. Segundo o vereador, a reforma do Cmei José Amâncio de Moraes custou R$ 806 mil . "Pegamos um técnico engenheiro e fomos fazer um levantamento do que foi de fato reformado e isso me deixou triste em saber que os recursos públicos estão sendo mal gastos mal geridos, os recursos davam para construir outro Cmei do mesmo porte do atual", informou. 

Lúcio Campelo ainda informou prejuízos no Instituto de Previdência Social de Palmas (PreviPalmas). O parlamentar disse que recebeu uma documentação oriunda do Ministério da Previdência Social informando que só em 2013, no PreviPalmas, houve um prejuízo de R$ 26 milhões. "E estamos terminando de fazer um levantamento para saber o que perdeu em 2014 e quais serão as percas em 2015. Hora, a previdência não é um órgão da prefeitura, é autônoma. Hoje o funcionalismo público de Palmas paga para que a prefeitura utilize o prédio do funcionalismo para estar ali dentro funcionando. O setor de compras e licitação da prefeitura, a junta médica está funcionando lá sem pagar aluguel, sem pagar água, energia. O funcionalismo público hoje paga previdência para manter órgãos que é de competência o custeio da Prefeitura. "Nós precisamos juntar forças, chamar esse prefeito Carlos Amastha para a gente mudar o eixo", afirmou. 

O vereador ainda defendeu a realização de concurso público ao quadro do PreviPalmas, pois, segundo Campelo, o Instituto não tem 10 funcionários efetivos, são todos contratados. 

O vereador Jucelino Rodrigues  (PTC) entrou na discussão e disse que realmente tem três órgãos da Prefeitura funcionando na sede do PreviPalmas e que, já foram tomadas as providências para ressarcimento de água, luz e aluguel. 

O aliado do prefeito, Milton Neris (PR) saiu na defesa do Paço. "Se tem um negócio que está seguro é o dinheiro dos funcionários de Palmas. [...] Que não se permita que coloque o dinheiro da nossa previdência em coisa podre como houve no Igeprev por causa de rolo. É preferível ficar no seguro. Defendo que continue desse jeito porque "neguim" quer mexer nessa previdência é para fazer "rolo". Lá tem que continuar na segurança que está", afirmou. Lúcio Campelo rebateu: "O que nós estamos pedindo é para que seja feita a correção. Não estamos metendo o dedo na cara de ninguém. Respeite esse funcionalismo que contribui", frisou. 

Arrecadação 

Júnior Geo (Pros) chegou a dizer na tribuna que o prefeito de Palmas trata a Capital como se fosse seu shopping e ainda sustentou: "Estão querendo fazer do PreviPalmas o Igeprev. 26 milhões de reais!. É por isso que nós temos aumento de IPTU, que temos cobrança em estacionamento rotativo praticamente em toda a cidade. É por isso que nós estamos pagando nas rotatórias multas. Se você analisar na região central você tem fiscais de trânsito promovendo multas diversas. Você se depara não com a política de conscientização para evitar acidente, você se depara com a política de arrecadação do município", disse. 

O vereador Júnior Geo ainda questionou as prioridades da gestão de Palmas. “Que me venham defender um Patati e Patatá de R$ 404 mil, que me venham defender um Israel e Rodolfo de R$ 260 mil, shows que ocorreram no carnaval de 2014, um valor superior a R$ 200 mil e eu peguei o orçamento não dava R$ 60 mil. Os interesses aqui, podem ter certeza, não são para promover a melhoria estrutural da nossa cidade, em saúde, educação e segurança”, afirmou. 

Para o vereador, a gestão de Palmas não tem o que mostrar. "Não tem o que mostrar a não ser grama, meio fio, maquiagem. A meu ver o prefeito é só maquiagem", frisou.