De 1° a 7 de agosto acontece a Semana Mundial de Aleitamento Materno 2015. A iniciativa existe há 23 anos e é focada na Sobrevivência, Proteção e Desenvolvimento da Criança. O tema deste ano é “Amamentar e trabalhar – Para dar certo o compromisso é de todos” e é o Ministério da Saúde (MS) quem coordena a Semana desde 1999, sendo responsável pela adaptação do tema.
De acordo com a coordenadora do Banco de Leite do Hospital e Maternidade Dona Regina (HMDR), Walquíria Pinheiro, para celebrar a Semana no Tocantins será inaugurado, juntamente com a Secretaria Municipal de Saúde de Palmas (Semus), um posto de coleta de leite materno na Capital. “Vamos inaugurar na unidade de saúde da Quadra 403 Norte, lá vai funcionar uma sala de apoio à amamentação para a mulher trabalhadora. Além disso, durante a semana realizaremos atividades no Dona Regina juntamente com as mães, com entrega de material ilustrativo relativo à Semana de Amamentação e fazendo a conscientização”, explicou.
A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) em seu artigo 396 garante que para amamentar o próprio filho, até que ele complete seis meses de idade, a mulher tem direito, durante a jornada de trabalho, a dois descansos especiais, de meia hora cada um. Quando a saúde do filho exigir, o período de seis meses poderá ser aumentado.
Estas pausas podem ser utilizadas nos horários de entrada e saída ou a mãe pode pedir para alguém levar o bebê ao local de trabalho para amamentá-lo. Além disso, a mãe também pode tirar o leite e armazenar para o bebê tomar nos horários que não estará presente.
O Ministério da Saúde também promove desde 2013 a Campanha de Apoio à Amamentação nas Empresas, que tem como foco a implantação de salas de apoio à amamentação nos locais de trabalho, com o propósito de garantir o aleitamento materno após o fim da licença-maternidade.
“O melhor é combinar com o empregador uma forma para que o bebê continue sendo alimentado com o leite materno. Além disso, a implantação de uma sala de apoio à amamentação é relativamente simples, são espaços em que a mulher trabalhadora, com segurança, privacidade e conforto, possa esvaziar as mamas e armazenar seu leite, refrigerando-os à temperatura adequada. Ao final do expediente ela pode levar seu leite para casa, para que em outro momento, ou no dia seguinte, alguém ofereça ao bebê quando ela estiver ausente”, informou a coordenadora.
Considerado um alimento completo, o leite materno funciona como uma vacina, protegendo o bebê de muitas doenças. “Hoje as empresas buscam dar mais qualidade de vida para as mulheres que trabalham. Com um bebê sadio, consequentemente a mulher faltará menos ao emprego, pois o bebê adoecerá menos e ela se sentirá valorizada pela empresa em que trabalha”, disse.