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Educação

Foto: Elias Oliveira

Foto: Elias Oliveira

O secretário de Estado da Educação, Adão Francisco de Oliveira, concedeu entrevista coletiva para tratar da manutenção da greve dos educadores tocantinenses, aprovada na tarde desta quarta-feira, 5, em assembleia geral. Foram abordados os próximos passos que a administração adotará para que a paralisação acabe e as crianças voltem para a sala de aula.

Na ocasião, Adão Francisco reforçou que a Secretaria chegou ao limite ao elaborar a última proposta apresentada aos trabalhadores. Nela, a gestão se compromete a arcar com os 8,34% da data-base em duas parcelas já a partir do mês passado. Na proposta estava contemplado, ainda, as progressões de 2013 e 2014, além dos passivos gerado por elas, que somam mais de R$ 21 milhões. Com relação à incorporação das progressões do ano de 2015 e suas diferenças, estas deverão ser inseridas nas folhas de pagamento dos meses de agosto, setembro, outubro, novembro e dezembro de 2016, conforme o gestor.

“Lamentavelmente a categoria votou pela manutenção da greve em um momento em que o Tocantins se destaca por ser o Estado que melhor contempla as demandas da categoria. Se formos analisar o que vem acontecendo no Brasil, Estados como Santa Catarina, Goiás e Rio Grande do Sul estão parcelando os salários dos servidores, algo que nunca cogitamos. Na Região Norte existem estados que não implementaram a data-base, o que está contemplado em nossa proposta”, analisou o secretário.

O gestor destacou, ainda, que todas as propostas protocoladas junto ao Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Estado do Tocantins (Sintet), foram elaboradas dentro da capacidade do Estado em arcar com a sobrecarga na folha de pagamento. “Cabe ressaltar que os recursos do Estado não podem ser direcionados todos para a folha de pagamento. Se isso acontecer, não teremos capacidade de implementar os investimentos necessários para o fortalecimento da educação no Tocantins”, alertou.

Adão Francisco destacou ainda que a paralisação dos professores atinge menos da metade das escolas tocantinenses. Um levantamento realizado pela Seduc junto às Diretorias Regionais de Educação e as escolas da rede estadual aponta que no primeiro dia letivo do segundo semestre de 2015, cerca de 55% das unidades escolares estaduais retornaram às atividades total, ou parcialmente. “A nossa expectativa é que, a partir de amanhã, mais escolas possam receber os nossos estudantes”, disse.

Medidas cabíveis

Com a negativa do sindicato em procurar a Secretaria para manter as negociações, a pasta deverá, conforme o secretário, procurar as medidas necessárias para por um fim à greve. “Teremos uma reunião com as nossas equipes técnicas e, posteriormente, com a Procuradoria Geral do Estado, para verificarmos todas as medidas administrativas e legais para que esta paralisação acabe”, destacou.

Além disso, o secretário fez um apelo para que os professores grevistas retornem às salas de aula. “Gostaria de pedir novamente para os professores, para os pais dos alunos, para que tenham a responsabilidade cívica e entendam que fizemos tudo quanto foi possível para que um acordo fosse firmado. Faço um apelo para todos os profissionais da educação e aos pais dos alunos para que as crianças possam voltar para a sala de aula”, completou.