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Foto: Janair Siqueira Um quilo da amêndoa in natura pode chegar a custar até R$ 40,00 Um quilo da amêndoa in natura pode chegar a custar até R$ 40,00

Estudantes, professores e a comunidade rural da região de Arraias, no sudeste do Tocantins, vão conhecer e discutir as formas de aproveitamento econômico do baru bem como as melhores formas de utilização do fruto cujo a amêndoa tem alto valor comercial, pelo sabor e propriedades proteicas. O primeiro “Renascer” Reencontro Nacional dos Agroextrativistas do Cerrado acontece neste sábado, 12, na Escola Estadual David Aires França, a partir das 7 horas da manhã. O secretário de Estado da Educação, Adão Francisco de Oliveira, confirmou presença no encontro.

O baruzeiro, árvore nativa do cerrado produz um fruto onde se aproveita a amêndoa, podendo ser comestível e ou para fins industriais tornando as sementes uma iguaria cada vez mais apreciada e muito nutritiva, embora a dureza do fruto dificulte sua obtenção, ainda não existe uma cultura em escala e a colheita do baru atualmente é feita de forma extrativista. Um quilo da amêndoa in natura pode chegar a custar até R$ 40,00.

No evento serão difundidas técnicas de processamento das amêndoas e como esta alternativa de cultura pode ajudar no complemento de renda, principalmente para as famílias de pequenos agricultores.  Na programação estão previstas palestras e exposição de equipamentos, além da apresentação destacando o baru como alternativa de reflorestamento permanente e suas perspectivas como fonte geradora de trabalho e renda.

O publico alvo neste primeiro momento serão os alunos do curso de formação em Técnicas Agrícolas da instituição e seus familiares, onde se pretende montar na escola um viveiro para o desenvolvimento de mudas e difusão do baru. De acordo com o diretor, Carlos Milhomen, a formação de parceria com a Organização não Governamental Arraias em Progresso e a Cooperace dará suporte técnico e comercial à produção.  “Existe uma abundancia de Baru nesta região e nós como difusores de conhecimentos vamos trabalhar na utilização sustentável do baru”, disse Milhomen.

O baru também é popularmente conhecido como barujo, bugueiro, cambaru, castanha-de-bugre, coco-feijão, cumari, cumaru, cumarurana, cumbaru, feijão-baru, feijão-coco, imburana-brava e pau-cumaru.

Uso do Baru

A madeira é de qualidade superior, o gosto da amêndoa do baru, parecido com o do amendoim, o que já se sabe é que o baru tem um alto valor nutricional, a castanha tem em torno de 23% de proteína, valor maior do que a castanha-de-caju e a castanha-do-pará.

A semente pode ser armazenada em um saco de aniagem, em ambiente fechado, por um período de um ano, sem nenhum dano para a qualidade da amêndoa. Fora do coco, as amêndoas também podem ser conservadas pelo mesmo período, desde que sejam guardadas em sacos plásticos dentro do freezer.

O preparo das amêndoas para consumo é simples. Depois de tiradas da polpa, é só torrar. Podem ser consumidas sozinhas ou usadas no preparo de pé-de-moleque, rapadura e paçoca.

O óleo extraído da amêndoa é de excelente qualidade, e costuma ser utilizado pela população como anti-reumático. Apesar de todas as suas qualidades, o baru não é ainda comercializado em larga escala.

O baruzeiro, por ser uma árvore de crescimento rápido e pela qualidade e resistência de sua madeira, é uma planta de bastante interesse e indicada para as empresas de reflorestamento.