Para discutir o indicativo de greve na Educação municipal de Palmas, a Câmara de Palmas realizou Sessão Especial na quinta-feira,10, com a presença do secretário municipal da Educação, Danilo de Melo. Para o vereador Lúcio Campelo (PR) na Educação "não faltou dinheiro, faltou planejamento".
O vereador Campelo não poupou críticas à administração. "O secretário pegou a bucha agora vai ter que descascar. Quem foi ao palanque dizer que colocaria 30% para a Educação, e não o fez, foi o prefeito", disparou o parlamentar.
E discorreu sobre o porquê a Educação palmense ter chegado a atual situação. "Assim que ele (Amastha) virou prefeito, convocou concurso público, e sem fazer uma avaliação da receita futura, colocou 2 mil professores efetivos. E a Lei de Responsabilidade Fiscal?", apontou Campelo.
O parlamentar questionou a apresentação feita por um servidor da prefeitura de Palmas, que apontava frustração de receita. " Em 2012/2013 tivemos uma receita de R$ 644 milhões. De 2013 a 2014 foram R$ 711 milhões. De julho de 2014 a julho de 2015 a receita do município foi de R$ 888 milhões", demonstrou o vereador apresentando documentos da contabilidade da prefeitura e assinados pelo secretário Cládio Schuller, Públio Alves e Ana Cláudia, além do prefeito Carlos Amastha.
Campelo também afirmou, e comprovou, que a prefeitura está destinando apenas R$ 9 milhões, da receita, para a Educação. "O orçamento deste ano tem uma previsão de R$ 235 milhões para a Educação, dos quais R$ 226 milhões são recursos vinculados. Quer dizer, da receita líquida só está indo para a Educação R$ 9 milhões".
O parlamentar fez mais um comparativo: "A receita de 2014 cresceu R$ 85 milhões, 25% seria quase R$ 22 milhões para a educação, mas destinaram apenas R$ 9 milhões". Para o o vereador é a demonstração de "falta de planejamento e respeito com o povo palmense".
Lúcio Campelo também questionou a contratação de cuidadores. " A forma que a gestão encontrou de pegar um cidadão que fez pedagogia, e pagar R$ 800 líquidos e o colocar para cuidar de crianças, e ainda dizer para o pai ficar satisfeito, é um desrespeito. É vexatório para a Educação de Palmas".
O vereador encerrou seu pronunciamento mandando um recado para o prefeito Amastha: "Não sou contra o prefeito Carlos Amastha, mas ele precisa respeitar o povo e cumprir o que prometeu. Eu não sei se com tantas mentiras que esse cidadão falou nessa cidade, ele consegue se reeleger".