Desde os tempos de grandes compositores como Ary Barroso, Noel Rosa, Lupicínio Rodrigues, Adoniran Barbosa, Dorival Caymmi e Cartola, até os dias de hoje, com novos talentos da música brasileira, o cantor, compositor e instrumentista Irineu de Palmira percorreu o cenário político-econômico em que o País vivia durante o período de produção de suas obras, na palestra show “Quando o tempo é arte”, realizada no Auditório Tião Pinheiro nessa quinta-feira, 24, durante o Salão do Livro 2015.
Alternando história com músicas de alta qualidade, Irineu de Palmira apresentou ao público o músico Johnny Alf, um dos criadores da Bossa Nova, considerada por muitos o Jazz brasileiro. Durante cerca de uma hora, a plateia experimentou uma verdadeira viagem pela música popular brasileira. Ele passou, ainda, pela presença marcante de Nara Leão, promovendo o encontro entre morro e asfalto por meio da música.
A partir do contexto histórico em que os movimentos musicais floresceram é possível determinar o momento político-social em que o Brasil se encontrava. Esta junção entre música e sociedade permeou toda a apresentação de Irineu de Palmira. “Pude perceber que os jovens não conheciam a história da Música Brasileira. O Objetivo da palestra é ser uma espécie de guia para os professores responsáveis pelo ensino da música nas escolas, para que eles possam contextualizar melhor as composições que ensinam” disse.
Presente na palestra show, o professor e escritor Osmar Casagrande ressaltou a importância de se entender o período e a realidade experimentada pelos artistas à época de suas composições. “Quando temos uma apresentação artística cultural, se nós a contextualizarmos, as crianças podem entender o que aconteceu no período que suscitou a manifestação daquele movimento, que verdadeiramente influenciou na formação do povo brasileiro” disse.