Na manhã dessa terça-feira, 29, o deputado Wanderlei Barbosa (SD) ao fazer uso da tribuna, criticou a estrutura para a I edição dos Jogos Mundiais dos Povos Indígenas, que acontecerá em Palmas nos dias 20 de outubro a 1º de janeiro. A Prefeitura de Palmas está sendo acusada pelo Ministério Público Federal (MPF) de anunciar a empresa fornecedora dos jogos indígenas, antes mesmo da licitação terminar.
Wanderlei disse que o prefeito de Palmas Carlos Amasha (PSB), divulgou os jogos fora do Brasil, no entanto, os indígenas do Tocantins não tiveram a mesma consideração, não tendo eles o apoio e devida importância que deveriam ter.
Para o deputado, além do prejuízo, pois o evento não deixará uma construção definitiva, existe a possibilidade de fraude. "Houve fraude desde o momento que foi desrespeitado o procedimento de escolha da empresa vencedora da licitação”, afirmou. Segundo ele, o processo licitatório dá igualdade para que todos concorram com a mesma oportunidade e tem que ser respeitado.
Ao questionar qual legado os jogos deixará, o deputado disse que é preciso aproveitar melhor os recursos públicos destinados aos jogos estimados a 100 milhões, a maioria de arrecadação junto aos empresários.
Licitação x Prefeitura
A licitação internacional é conduzida pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), parceiro do Ministério do Esporte e da Prefeitura de Palmas na organização do evento. A unidade da Organização das Nações Unidas (ONU) confirmou que o processo licitatório, para serviços da ordem de R$ 30 milhões, ainda não foi concluído.
Mesmo assim, a Prefeitura de Palmas divulgou em seu site oficial que um consórcio participante da disputa já fazia a entrega de estruturas pré-moldadas para a Vila dos Jogos e para os espaços de convivência. No site da Secretaria Municipal Extraordinária dos Jogos Indígenas consta a informação que o consórcio começou a fazer a entrega das estruturas pré-moldadas foi escolhido pelo edital de licitação número 28278/2015, o mesmo que ainda não foi oficialmente concluído.