O deputado Wanderlei Barbosa (SD) rechaçou da tribuna na manhã desta terça-feira, dia 13, a decisão do prefeito Carlos Amastha (PSB) de aumentar a partir de amanhã, dia 14, o preço das refeições dos restaurantes comunitários de Palmas. Para as pessoas de maior poder aquisitivo, o preço será acrescido de R$ 2,00 para R$ 7,00 e, para aqueles com menor renda, idosos, deficientes, estudantes e que ganham até um salário mínimo, vai para R$ 3,00.
O parlamentar criticou a informação de que, para se alimentar no valor mínimo, o usuário terá de apresentar comprovação de renda, o que chamou de “atestado de pobreza”. A prefeitura divulgou que subsidia cinco reais do valor da refeição e assegura que ele não sofre aumento desde novembro de 2010. Mediante a orientação, o novo valor toma por base a correção de 63,10%, acumulado durante este período.
O deputado José Bonifácio (PR) concordou com a exposição. Ele defendeu a desburocratização da atividade pública, mas enxerga na exigência de atestado para comprovar renda a manutenção da burocracia.
“O prefeito de Palmas demonstra desprezo em relação às classes menos favorecidas, demitiu centenas de pais de famílias de origem simples e transformou professores em monitores com a diminuição dos seus salários”, acusou Wanderlei.
Foi citada mais uma vez a participação de Amastha na construção de uma universidade na Colômbia, com investimento de cerca de R$ 30 milhões, enquanto o gestor declarou patrimônio de R$ 12 milhões. As irregularidades na revisão do Plano Diretor de Palmas, denunciadas ultimamente pelo Ministério Público do Estado (MPE), foram outro assunto lembrado.
O deputado mencionou ainda a greve da educação em razão da falta de condições de trabalho e outros fatores. Disse que os grevistas planejam inclusive se manifestar na abertura dos jogos indígenas, previstos para este mês.