Os professores da rede municipal de ensino de Palmas reuniram-se neste sábado, 17, no Rancho Bahia, em Palmas, para discutirem em assembleia geral a proposta de reivindicações da categoria. Durante a assembleia, em torno de 1.000 professores que compareceram, votaram pela manutenção da greve.
Após a categoria comunicar que faria manifestação na abertura dos Jogos Mundiais Indígenas o prefeito Carlos Amastha decidiu montar uma comissão composta por vários secretários municipais para negociar com a categoria, entretanto, ainda não obtiveram exito nas negociações com o a liderança Regional Palmas do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do Tocantins (Sintet).
A categoria pede climatização das salas das unidades escolares, pagamento do abono de 1/3 de férias, Reajuste a partir do custo-aluno, Revisão da modulação, 30% do orçamento para Educação Municipal, Cumprimento Integral do PCCR (eleições para diretores escolares pagamento das progressões, titularidades e o fim da meritocracia), a Revogação do Projeto Salas Integradas e a retirada do PL/25 ou de qualquer outro projeto de alteração do PCCR da educação sem antes discutir com a categoria.
Segundo o presidente da Regional Palmas do Sintet, Joelson Pereira, na próxima segunda-feira o sindicato se reunirá novamente com a comissão montada pelo prefeito que se recusa a sentar com a categoria. Já na parte da tarde haverá outra assembleia geral comandada pelo sindicato para apresentar as contra-propostas que a gestão municipal colocar na mesa de negociações. "Estamos tão interessados quanto o governo no fim da greve, mas o governo precisa se sensibilizar com as dificuldades dos professores", afirmou Pereira.
Propostas e mobilização
Dentre os pontos que estavam sem consenso entre a categoria e a gestão municipal, como o fim do Projeto Salas Integradas, a Prefeitura pediu até dezembro para que o mesmo fosse aperfeiçoado, sob pena de ser revogado na Câmara Municipal. Já as salas de aula devem receber climatização até meados do próximo ano, segundo a Prefeitura.
Os professores fizeram vários atos e manifestações em frente à Prefeitura de Palmas. Com faixas, criticaram o prefeito Carlos Amastha e chegaram a acampar na Câmara de Vereadores da capital, só deixando o local após o presidente da Casa, Rogério Freitas se comprometer a intermediar as negociações.
Durante a greve o prefeito ingressou com ação judicial pelo fim da greve e obteve decisão favorável da justiça que declarou a paralisação ilegal, porém, os educadores mantiveram o movimento. O prefeito acusou várias vezes o Sintet de envolver questões políticas na greve e chegou a confrontar os educadores na TV e rádios com comunicados, gastando grande montante de verba publicitária dos cofres públicos.