Jogo rápido que exige habilidade e força. Datada de 1.250 a.C, a pelota maia é uma das modalidades esportivas mais antigas do mundo. O jogo milenar, utilizado em duelos religiosos, era considerado mais do que uma partida, pois o ritual mostrava as habilidades dos jogadores. O povo Maia da Guatemala apresentará o esporte durante os Jogos Mundiais Indígenas, em Palmas.
A pelota maia é disputada por duas equipes. Os jogadores podem golpear a bola com antebraço, ombro, quadril e costas. O objetivo é passar a bola por dentro de um arco, fixado no alto de uma parede.
Delegação da Guatemala apresentará a pelota maia durante o JMPI. (Foto: Breno Barros) O guatemalteco Juan Jose Comparini, 38 anos, faz parte da delegação Maia que chegou ao Brasil com a missão de fazer o resgate histórico. Jose conta que é uma modalidade com mais de 3 mil anos, atualmente usada para fortalecer a identidade cultural.
“Nosso objetivo é representar a cultura Maia da Guatemala. Assim, preparamos uma apresentação do jogo pelota maia, versão de antebraço, que representa basicamente os Maias da América do Sul”, diz Juan Jose.
Os guatemaltecos formam uma das menores delegações da primeira edição dos Jogos Mundiais Indígenas. Sete indígenas vieram ao Brasil. Juan Jose, porém, lembra que a maioria da população da Guatemala é de origem indígena, cerca de 60%. No país se fala 22 línguas.
Hoje, a pelota maia é reconhecida como esporte. A modalidade se assemelha ao basquete, sem o uso das mãos. Deve-se manter a bola em movimento e quicando, para arremessá-la em uma cesta. No passado, porém, já foi utilizada para determinar duelos políticos, religiosos ou disputas por território. “Duas equipes disputavam e o vencedor ganhava como prêmio o objeto em disputa, seja ele um rito religioso ou político”, explicou.
Além dos Maias, a pelota era disputada por Olmecas, Zapotecas, Astecas, Toltecas e outras civilizações que habitaram a Meso-América pré-colombiana, do México até a Costa Rica.