No Ministério de Minas e Energia (MME), a vice-governadora, Claudia Lelis, deu andamento às discussões que visam viabilizar tecnicamente a instalação de empresas de produção de energia fotovoltaica no Tocantins. A reunião com o secretário executivo do MME, Luiz Eduardo Barata, foi intermediado pelo senador, Donizete Nogueira (PT).
O diálogo com o MME foi iniciado no mês passado, quando o governador Marcelo Miranda, em audiência com o ministro Carlos Eduardo Braga, reagiu ao parecer da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), que não abriu espaço para que o Tocantins e empresas interessadas pudessem apresentar projetos de energia eólica ou fotovoltaica no leilão que ocorrerá na próxima semana, dia 13 de novembro.
Segundo nota técnica da EPE, não existiria a possibilidade de transmissão da energia gerada por esses novos projetos, visto que o linhão norte-sul que atravessa todo o Tocantins já estaria sobrecarregado. O governador argumentou com o ministro que o Estado tem as melhores condições, no País, para produção de energia fotovoltaica e que não pode abrir mão da condição de gerador de energia limpa por falta de infraestrutura de transmissão, assunto que não compete ao Governo do Estado.
Oportunidades para o Tocantins
Os investimentos têm grande relevância para o Estado, pois geram empregos, desenvolvimento e inovação tecnológica. Duas empresas do segmento já manifestaram, formalmente, o interesse em investir no Tocantins. A holding Sandylon Investiments, que tem no grupo a empresa Soliker Brasil, é uma das interessadas na exploração de energia fotovoltaica no Tocantins. A Soliker pretende instalar em Miracema do Tocantins uma usina com capacidade para gerar de 90 megawatts de energia. O investimento inicial anunciado é de R$ 450 milhões.
Outros projetos foram propostos pela Lica Soluções em Energia Renovável. A empresa quer investir aproximadamente US$ 720 milhões em três estações de produção de energia solar: uma em Porto Nacional gerando 60 megawatts, outra em Gurupi com geração de 150 megawatts e uma em Colinas com 300 megawatts. Os estudos de viabilidade estão sendo realizados há dois anos e, há cerca de quatro meses, a empresa iniciou as negociações com o Estado.