A bancada federal do Tocantins está dividida com relação à posição sobre o pedido de abertura de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). O Conexão Tocantins solicitou o posicionamento dos parlamentares sobre o assunto.
No Senado, dos três senadores do Estado, apenas Ataídes Oliveira (PSDB) é oposição ferrenha ao Governo Federal e tem se destacado nacionalmente em algumas polêmicas pela postura com relação ao governo. Por outro lado os senadores Vicentinho Alves (PR) e Donizeti Nogueira (PT) são da base da presidente.
Na Câmara Federal a maioria da bancada também é aliada da presidente. Uma das principais opositoras é Dorinha Seabra Rezende (Democratas) que inclusive falou no horário eleitoral desta quinta-feira, 3, criticando o Governo Federal.
Do PMDB, a deputada Josi Nunes não respondeu até o fechamento desta matéria e Dulce Miranda está em viagem em missão oficial do Governo do Estado à COP 21 - Conferência do Clima em Paris, França.
Halum diz que é cedo
Sobre a aceitação do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB/RJ), ao pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff, o deputado federal César Halum (PRB) afirmou que é cedo para se posicionar. "Ainda é muito cedo para tomarmos qualquer posição sobre o impeachment. O Brasil, e, em especial o Congresso Nacional passa por uma grande tempestade e agora tende a piorar. Além do jogo político que pode ter levado a aceitação do pedido de impeachment da presidente da república, é preciso analisar com veemência e cuidado as 65 páginas, além de anexos, do requerimento formulado pelos juristas Hélio Bicudo e Miguel Reale Júnior, que ainda não foi publicado oficialmente e está prevista a sua leitura na sessão desta quinta-feira (3)”, disse.
O parlamentar afirmou ainda que não tem compromisso com nenhum dos lados. “Não quero e não vou divulgar o meu voto tão precocemente, para não ter que voltar atrás, pois sei das pressões que posso enfrentar, sejam elas partidárias, de lideranças regionais, do próprio governo e da oposição, por isso enfrentarei esse processo em particular e com a minha consciência de que tomarei a melhor decisão para o Brasil. Não tenho preferência e nem compromisso com nenhum dos lados envolvidos”, afirmou.
Gaguim mantém ritmo
O ex-peemedebista e agora deputado pelo PMB, Carlos Gaguim disse esta avaliando ainda o que é o melhor para o Brasil. “A respeito do pedido de abertura do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff acatado pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, declaro que no momento estou angariando recursos para o Tocantins. Estou dia e noite trabalhando, aqui, na Comissão Mista de Orçamento, para aprovar o orçamento deste ano, que tem projetos importantes para o nosso Estado. Por isso, ainda estou avaliando o que será o melhor para o Brasil. Primeiro tenho que ter conhecimento do processo para depois emitir juízo de valor”, disse.
O prazo para a conclusão da análise do pedido de impeachment pela Câmara é de aproximadamente 30 dias, mas somente haverá a conclusão neste prazo aproximado caso haja convocação extraordinária do Congresso.
Nesse sentido afirmo que precisamos é trabalhar. Caso haja necessidade de se convocar sessão extraordinária para aprovar o orçamento, assim o faremos. Caso haja necessidade de tratarmos de assuntos de relevância para o Brasil eu estarei aqui para cumprir o meu dever com os cidadãos.