Depois de dois pequenos aumentos em fevereiro e março, o endividamento das famílias se mantém estável em Palmas. Em abril, o índice ficou em 73% enquanto em março estava em 73,1%, apontando um pequeno recuo de 0,1%. Na comparação com o mesmo período do ano passado, a redução foi de 2,2%. A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC) é uma realização mensal da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), em parceria com a Fecomércio Tocantins.
Segundo o presidente da Fecomércio Tocantins, Itelvino Pisoni, essa estabilidade no endividamento revela o quanto o consumidor está atento ao cenário recessivo brasileiro. “Em um quadro de desemprego crescente e retração do consumo, não poderia ser diferente. A tendência é essa, ou seja, a queda no consumo”, pontuou.
Com 71,6% dos entrevistados, mais uma vez o grande vilão na contração das dívidas foi o cartão de crédito. Chegando a 26,2%, em segundo ficou o uso do carnê e, em terceiro, o financiamento de veículo, acusado por 25,1%.
O número de famílias com contas em atraso ficou em 13,4%. As que têm condições de pagar (total e parcialmente) as dívidas em atraso fecharam em 100%. E 32,9% tiveram a parcela de renda comprometida com as dívidas, sendo que 70,3% revelaram que esse comprometimento ficou entre 11% e 50%.
O tempo de pagamento das dívidas atrasadas mais apontado foi o de até 30 dias, confirmado por 48,6%. O tempo médio em dias para esse pagamento ficou em 44,7 dias. Com 48,2%, ficou o tempo de mais de um ano de comprometimento com dívidas. O tempo médio do comprometimento com as dívidas ficou estável, em 8,1 meses.
A PEIC
A PEIC ouviu 500 famílias palmenses divididas em duas categorias: as que ganham até 10 salários mínimos/mês e as que recebem mais de 10 salários mínimos. Os números aqui destacados são do índice geral, ou seja, das duas categorias pesquisadas. A pesquisa de abril foi aplicada nos últimos 10 dias de março.