Os governadores que integram o Brasil Central, na coletiva de Imprensa do III Fórum de 2016, colocaram em pauta questões ligadas à segurança pública, educação, enfrentamento da crise pela qual passa o País e o desenvolvimento socioeconômico do grupo formado pelos estados do Tocantins, Goiás, Distrito Federal, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia e Maranhão. O encontro está acontecendo no Ahãndu Eventos.
Para o governador Marcelo Miranda, as ações que estão sendo pensadas pelos governadores do Brasil Central, principalmente na atual conjuntura do cenário político-econômico brasileiro, são frutos das experiências vivenciadas nos estados. No campo da segurança, o governador reforçou a importância do trabalho dos agentes de segurança. “O trabalho integrado dos agentes de segurança dos estados vai reforçar e garantir a segurança para a população”, destacou.
O presidente do Consórcio Brasil Central e governador de Goiás, Marconi Perillo, reforçou que uma das pautas do fórum é a segurança nas fronteiras, com ênfase no combate ao crime organizado, o novo cangaço e a cooperação interfederativa. “Estamos discutindo temas muito relevantes para o Brasil e para região do Brasil Central. Vamos assinar um protocolo na área de segurança pública e depois teremos um plano de educação integrada para o Brasil Central”, adiantou.
O governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, reforçou que o Consórcio Brasil Central é uma realidade e proporciona a troca de experiências bem sucedidas. “Um exemplo é o projeto de educação integral que foi executado em Goiás e que alcançou resultados positivos no Ideb [Índice de Desenvolvimento da Educação Básica] e nas notas do Enem, proporcionando um salto na qualidade da educação”, pontuou.
Sobre a relação política com o presidente em exercício, Michel Temer, o governador de Rondônia, Confúcio Moura, ressaltou que não só os estados do Brasil Central devem pensar em ações em prol do desenvolvimento do País. “É dever de todos os 27 estados brasileiros levarem ao presidente sugestões práticas para melhorar o País, principalmente pelo momento que o Brasil está passando”, lembrou.
Renegociação de dívidas
Diante do cenário político econômico brasileiro, de acordo com o governador do Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja, o estados estão buscando entendimento junto ao governo federal para garantir a volta do crescimento. “Uma das nossas pautas de importância nacional é a renegociação da dívida dos estados com a União”, apontou.
O governador de Goiás, Marconi Perillo, completou que as dívidas têm valor muito elevados, o que restringe a capacidade de investimento dos Estados. “Atualmente, a proposta do grupo é alongar o pagamento da dívida até 2048, com um ano de carência, entre outras contrapartidas para os estados com débitos com a União”, disse.
O vice-governador do Maranhão, Carlos Brandão, lembrou que o Consórcio Brasil Central visa à resolução de problemas comuns dos estados. “É um consórcio suprapartidário, nós temos aqui governadores de vários partidos, mas com problemas comuns. O motivo da criação desse consórcio é o nosso entendimento de que sozinhos não conseguiremos resolver os nossos problemas, por isso resolvemos socializar e debater soluções coletivas nas diversas áreas. Os temas discutidos são bem variados, é importante que estejamos alinhados para encaminharmos os nossos projetos ao governo federal”, lembrou.
Presenças
Dos representantes do Consórcio Brasil Central, apenas o governador do Mato Grosso, Pedro Taques, não esteve presente nesta nona edição do Fórum de Governadores do Brasil Central ( e terceira de 2016). Na ocasião, ele foi representado pelo secretário de Planejamento e Educação do Mato Grosso, Marcos Aurélio Marrafon.