O relator do processo de impeachment da presidente do Brasil afastada Dilma Rousseff (PT), senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), apresenta nesta terça-feira, 2, o seu parecer na Comissão Especial do Senado. No relatório, ele dirá se considera procedente a denúncia contra Dilma por crime de responsabilidade e se ela deve ser levada a julgamento final. A reunião está marcada para o meio-dia.
O cronograma da comissão prevê que a discussão do parecer seja feita amanhã (3) e a votação na quinta-feira (4). Se for aprovado na comissão, o texto seguirá para o plenário, onde deverá ser lido na sexta-feira (5) e votado na terça, 9 de agosto. Esse rito será comandando pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski.
É necessária maioria simples de votos para que o processo prossiga até a última etapa. O julgamento do impeachment, que decidirá se Dilma será afastada definitivamente, deve ocorrer no fim de agosto. De acordo com o STF, o julgamento final começará no dia 29 de agosto e tem previsão para durar uma semana.
Com a leitura do relatório de Anastasia nesta terça-feira (2), os partidos que apoiam a presidente afastada Dilma Rousseff devem apresentar voto em separado em defesa do mandato da petista. O instrumento é apresentado quando algum parlamentar não concorda com o conteúdo do relatório oficial.
Kátia Abreu
A senadora, ex-ministra da Agricultura e Pecuária, Kátia Abreu (PMDB), criticou, em sua página na sua página do Twitter, nessa segunda-feira, 1° de agosto, a lentidão do julgamento do presidente da Câmara dos Deputados afastado, Eduardo Cunha. "Rodrigo Maia disse que o julgamento de Cunha não é urgente. Só o julgamento de Dilma que é urgente não é! Esse Cunha é poderoso", sustentou.
De acordo com a senadora, se a presidente Dilma for afastada, não será por corrupção. "Vergonhoso este cidadão (Cunha) querer fazer um governo e líderes reféns. Se Dilma for afastada não será pela corrupção e sim pelos corruptos", frisou Kátia. (Da Redação com informações da EBC)