A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quarta-feira, 31, a Operação Poraquê, com o objetivo de apurar desvios de recursos públicos ocorridos na Prefeitura Municipal de Piraquê/TO, mediante a utilização de empresa de fachada.
Cerca de 20 policiais federais estão dando cumprimento a 8 mandados judiciais nos municípios de Araguaína/TO e Piraquê, sendo, 4 de Busca e Apreensão e 4 de Condução Coercitiva.
A investigação iniciada em neste ano 2016 revelou a existência de esquema criminoso que operava desvio de recursos públicos, inclusive federais, através de uma empresa de fachada de propriedade do cunhado do ex-secretário de Controle Interno do Município de Piraquê em conluio com o ex-prefeito e ex-secretário de finanças do município. Dessa forma, a empresa era contratada mediante fraude em licitação pela Prefeitura de Piraquê para a realização de diversas obras, as quais eram executadas pelos próprios servidores do município, ocorrendo, então, o desvio das verbas originalmente empenhadas.
O esquema existiu do ano de 2012, quando a referida empresa “fantasma” foi criada, até o final de 2015, quando o ex-prefeito de Piraquê, João Batista Nepomuceno Sobrinho, foi cassado pela Justiça Federal por ato de improbidade administrativa em virtude de desvios de recursos da merenda escolar cometidos quando o gestor esteve à frente do município entre 2000 e 2004.
Estima-se que os prejuízos causados pelo esquema aos cofres públicos seja de cerca de R$ 3 milhões de reais.
Operação
O nome da operação é uma alusão ao peixe-elétrico Poraquê (Electrophorus electricus) que deu origem ao nome do município. Devido ao fato de viajantes ao seguirem pela estrada de boiada que levava para Babaçulândia/TO e descansarem na beira de um córrego, mataram um poraquê. O córrego, bem como a região e o povoado local, teriam sido chamados de Poraquê. Aos poucos, o nome teria mudado para Piraquê.