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Saúde

Foto: Nielcem Fernandes

Teve início nesta quinta-feira 27, no auditório da Universidade Federal do Tocantins (UFT), em Palmas, o Congresso Tocantinense Mais Médicos para o Brasil. O evento traz importantes discussões sobre o Programa Mais Médicos e reúne médicos e outros profissionais que atuam no Tocantins. O congresso segue até esta sexta-feira, 28, com palestras, apresentação de trabalhos orais e em painéis, além de homenagens a profissionais e rodas de conversa.

O subsecretário de Estado da Saúde, Marcus Senna, participou da abertura e disse que o Programa Mais Médicos é uma criação absolutamente necessária e da qual a população brasileira depende para que o Sistema Único de Saúde (SUS) atinja a universalidade e a integralidade que dele se espera. “Nesse Estado em que 93% da população depende do SUS, os médicos foram capazes de levar a atenção básica aos municípios mais remotos, à população carente, ribeirinha e indígena. São os desbravadores e conhecem como poucos as necessidades do povo tocantinense e do nosso País. O Estado só tem a agradecer por toda dedicação e comprometimento”, enfatizou.

O vice-reitor da UFT, professor Luís Eduardo Bovolato, destacou que o Programa Mais Médicos atinge no Brasil mais de 4 mil localidades e mais de 18 mil profissionais. “A presença e a contribuição dos profissionais médicos, principalmente nessas localidades de mais difícil acesso é fantástico. Mas o programa também envolve a formação na área, tanto é que estamos implantando, em Araguaína, mais um curso de Medicina, dentro do contexto do Programa Mais Médicos", relatou.

O professor doutor Valdir Odorizzi, tutor do Programa Mais Médicos, falou da importância do programa para o Brasil e para atenção básica no Tocantins. “Nós provamos com números, com depoimentos e com o carinho das pessoas que se despedem dos seus médicos que estão indo embora. Nós temos que estar lá como médicos, como representantes da saúde para a comunidade. Durante o congresso e na minha apresentação com o tema “Mais médicos- Um paradoxo que deu certo” vamos mostrar o que fizemos e demonstrar que o programa é muito mais que a ida de médicos para o interior, ele é uma necessidade”, disse.

O cubano Sérgio Gonzalez atuou no programa por três anos na comunidade indígena Xerente, no município de Tocantínia. “É uma experiência única como pessoa, como profissional e como pai de família. Acredito que deu certo sim, apesar de muitas pessoas não acreditarem, hoje podemos ver que ajudou a população que mais precisa. Me sinto muito feliz em ter participado do programa”, disse.

Também estavam presentes na abertura do Congresso, Marcelo Lucena dos Santos e Vilmar Brito Xerente, ambos do Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Tocantins; Vânio Rodrigues Sousa, do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do Tocantins (Cosems/TO); a diretora do Câmpus da UFT em Palmas, professora Ana Lúcia de Medeiros; além da apoiadora do Ministério da Saúde-MS; Ana Cristina; o apoiador do Ministério da Educação- MEC; o professor Rogério Marquezan e supervisores do Programa Mais Médicos.