A Universidade Federal do Tocantins (UFT) teve aprovado o projeto para implantação do Parque de Empreendedorismo, Qualidade Socioambiental e Inovação Tecnológica (Pequi) pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), empresa vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações. O projeto estratégico terá investimento de R$ 14.994.386,99 e foi aprovado na Chamada Pública MCTI/Finep/FNDCT - Parques Tecnológicos (01/2024). A área construída prevista é de aproximadamente 1,3 mil metros quadrados no Câmpus da UFT em Palmas.
O reitor da UFT, professor Luís Eduardo Bovolato, comemorou a conquista destacando o protagonismo da instituição. "Representa um marco histórico! É algo que poderá alavancar toda a inovação, o empreendedorismo, todo o movimento que nós iniciamos a partir da criação da Inovato. Vai facilitar bastante na cooperação e na interlocução com os diferentes atores do ecossistema ligado à inovação aqui no Tocantins". Para o reitor, o parque tecnológico vai servir de base de apoio e sustentação de toda uma construção de política pública voltada à inovação. "Isso vai potencializar o Tocantins em relação à investigação científica, tecnológica e a inovação aplicada ao bem-estar do cidadão em todas as áreas do conhecimento. É um leque imenso de oportunidades e a gente espera, a partir desse parque tecnológico, colocar a UFT como a grande protagonista de todo esse movimento ligado à inovação", complementou o reitor.
De acordo com a proposta do projeto, o Parque visa reduzir as desigualdades econômicas, sociais e tecnológicas do Tocantins em relação a outras regiões do país, como Sul e Sudeste. "O objetivo é estimular a geração, consolidação e atração de empresas de base tecnológica, aumentar a oferta de empregos qualificados, integrar a universidade ao setor produtivo e posicionar o Tocantins como polo de inovação e empreendedorismo. O parque também busca fomentar soluções inovadoras para desafios ambientais e sociais, valorizando a biodiversidade e a bioeconomia da região Norte", diz o diretor de Ambientes de Inovação e Empreendedorismo da Agência de Inovação da UFT (Inovato), Silon Procath.
A diretora de Inovação e Transferência de Tecnologia da Inovato, professora Cláudia Auler, destaca também importância da aprovação do projeto. "A criação deste Parque representa um marco para a UFT e para o desenvolvimento sustentável da região Norte do Brasil. Ele simboliza a consolidação de um esforço institucional consistente que vem sendo construído nos últimos anos, e reflete o amadurecimento da UFT enquanto agente de transformação territorial por meio da ciência, da tecnologia e da inovação. Para a área de Foodtech, o Parque será fundamental para impulsionar soluções tecnológicas voltadas à cadeia produtiva de alimentos, aproveitando as potencialidades da Amazônia Legal e conectando o conhecimento gerado na universidade às demandas do setor produtivo e da sociedade", ressalta a diretora.
O pró-reitor de Avaliação e Planejamento da UFT, professor Eduardo Andrea Lemus Erasmo, avalia que a aprovação do projeto é a culminância de um caminho que estava sendo trilhado desde 2021. "Nesse caminho, além da criação da Inovato, fizemos várias outras ações como o Pacto de Inovação, o diagnóstico interno e externo sobre a inovação e como a UFT era enxergada pelo empresariado e, internamente, o que se fazia de inovação". O pró-reitor enfatizou que o projeto foi bem formatado e agora, bem sucedido, é o ápice do que foi desenhado e dentro do que foi proposto no Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI). "Com o parque instalado dentro da universidade haverá um impulso tremendo, que não vai ser só para a UFT, vai ser para toda a sociedade palmense, para todo o estado de Tocantins", pontua.
O que é o Pequi?
O Pequi é um parque tecnológico de aproximadamente 1,3 mil metros quadrados que será instalado no Câmpus da UFT em Palmas. A missão do parque é promover e consolidar um ambiente propício à inovação, ao empreendedorismo e ao avanço tecnológico. O projeto é parte do Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) da UFT, que elegeu a inovação como um dos cinco desafios estratégicos da instituição para o período 2021-2025. O parque nasce como resposta às demandas contemporâneas de desenvolvimento da Amazônia Legal e do Matopiba (região que abrange os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), reconhecida pelo seu potencial agrícola e estratégico para a produção de alimentos.
A proposta do Pequi surge para reduzir as desigualdades econômicas, sociais e tecnológicas do Tocantins em relação a outras regiões do país, como Sul e Sudeste. O objetivo é estimular a geração, consolidação e atração de empresas de base tecnológica, aumentar a oferta de empregos qualificados, integrar a universidade ao setor produtivo e posicionar o Tocantins como polo de inovação e empreendedorismo. O parque também busca fomentar soluções inovadoras para desafios ambientais e sociais, valorizando a biodiversidade e a bioeconomia da região Norte.
O parque está estruturado nas áreas de agrotecnologias, biotecnologia e tecnologia de alimentos, refletindo as competências e infraestrutura já consolidadas na UFT. O projeto prevê a construção de um prédio de referência, inspirado nos principais parques tecnológicos nacionais e internacionais, com o objetivo de atrair empresas âncoras, startups e fortalecer a interação entre universidade, empresas e sociedade.
A iniciativa é coordenada pela Inovato, órgão vinculado à vice-reitoria da UFT, que atua como elo entre a universidade, setor empresarial e sociedade. O projeto conta ainda com a colaboração de parceiros nacionais e internacionais, como a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), além de mais de 50 acordos de colaboração com entidades públicas e privadas e 40 parcerias internacionais envolvendo 17 países.
Segundo o diretor Silon Procath a expectativa é que o Parque transforme o conhecimento acadêmico em impacto econômico e social, "promovendo o desenvolvimento sustentável do Tocantins e da Amazônia Legal. Esperamos impulsionar a criação de startups, gerar empregos qualificados, fortalecer a cadeia de inovação e valorizar produtos regionais, contribuindo para o desenvolvimento econômico e social da região e para a projeção nacional e internacional da UFT como instituição inovadora", enfatiza o diretor.