Conexão Tocantins - O Brasil que se encontra aqui é visto pelo mundo
Saúde

Foto: Valdo França

Foto: Valdo França

Os cuidados para a prevenção da transmissão de sífilis da gestante para o bebê, a vinculação da gestante com a unidade básica de saúde e a maternidade e a referência e contra-referência da unidade de saúde e maternidade foram debatidos na tarde dessa segunda-feira, 28, durante o III Fórum Perinatal. O evento reuniu equipe técnica da Secretaria de Estado da Saúde, secretarias municipais e maternidade públicas do Estado.

Segundo a gerente de DST/Aids e hepatites virais da Secretaria de Estado da Saúde, Caroline Biserra Costa da Lux, só em 2016 foram registrados 199 casos de sífilis congênitas, o que para a área técnica é preocupante. “Tínhamos estimado para 2016, 127 casos e até hoje temos 199, o que supera a expectativa e isso não é bom, visto que em 2015, já fomos o estado da região Norte com o maior número de sífilis congênita”, explicou.

O alto índice é resultado de vários fatores, segundo a gerente. “Em muitos casos a gestante não é captada, ou seja, a agente de saúde não consegue identificar esta gestante e levá-la até a unidade básica de saúde, e fazer o pré-natal, ás vezes faz o pré-natal e não é feito o exame. Outras vezes ela faz o diagnóstico, mas não faz o tratamento adequado ou faz o tratamento adequado, mas não consegue tratar o parceiro, por resistência dele ou outro motivo”, complementou.

“O primeiro passo para tratar e evitar a transmissão é diagnosticar a gestante, que pode ser feito em duas oportunidades, na primeira consulta do pré-natal ou no terceiro trimestre. Para esse diagnóstico, o Estado disponibiliza, através do Ministério da Saúde, teste rápido, principalmente aos municípios que não possuem uma estrutura laboratorial. Quando o diagnóstico é positivo, é preciso tratar a gestante e o seu parceiro sexual, para que não ocorra a reinfectação dessa gestante”, explica Caroline.

Em caso de contaminação do bebê, o tratamento é feito pós o nascimento ele toma por dez dias medicamentos na veia e depois disso acompanhamento até um ano e meio com exames periódicos para ver se a doença realmente regrediu no organismo, mas o bebê pode ir a óbito antes do nascimento em decorrência da contaminação por sífilis.

Sobre a vinculação da gestante com a maternidade, a gerente de Média e Alta Complexidade da Saúde, Raquel Marques, destaca que “o vínculo da gestante com a unidade é primordial para que ela fique à vontade e o trabalho de parto aconteça da melhor forma possível para a mãe e o bebê”, afirmou.

O Fórum

Com o objetivo de promover saúde e qualidade de vida à mulher e às crianças, o Fórum Perinatal da Região Macro-Sul debate políticas públicas que atendam as demandas relacionadas a este público. O fórum foi recentemente reativado pela Secretaria de Estado da Saúde e funciona como órgão deliberativo, com reuniões mensais.