O Grupo de Eletricidade Atmosférica (Elat) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) analisou dados relativos às 1.792 mortes por raios constatadas durante os últimos 15 anos, entre 2000 e 2014.
O estudo apontou as circunstâncias em que ocorre o maior número de óbitos por descargas elétricas: 43% das mortes acontecem durante o verão e a probabilidade de um homem morrer por raio é 4,5 vezes maior que a de uma mulher. Além disso, a cada três mortes, duas ocorrem ao ar livre.
A prática de atividades agropecuárias continua liderando as circunstâncias com maior número de vítimas. As mortes no campo representam 25% do total de óbitos por raio em todo o país, variando de um mínimo de 12% na região Norte a 25% na região Sul. As mortes que ocorrem dentro de casa estão em segundo lugar e representam 17%, variando de um mínimo de 7% no Sudeste e Centro-Oeste a 21% no Nordeste.
A maioria das mortes acontece na região Sudeste (28%) e as outras quatro regiões estão empatadas com 18% cada. São Paulo é o estado com maior número de vítimas, seguido por Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Pará, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Goiás.
Em 2015 morreram 104 pessoas. Em 2016, as projeções preliminares indicam que o número de mortes deve ficar abaixo de 70 casos. Se confirmado, será o menor valor anual registrado desde o início do levantamento, em 2000. A média anual no período foi de 111 mortes. (Agência Fapesp)