As mulheres têm ido à luta e quebrado paradigmas em vários aspectos, mas os dados ainda revelam diferenças consideráveis ao avaliar a inclusão do público feminino no mercado de trabalho. No Tocantins, por exemplo, dos 66.575 trabalhadores contratados no ano de 2016, apenas 18.314 (27,5%) eram mulheres, de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
A diferença também acontece no que se refere à remuneração. Enquanto o rendimento médio nominal dos homens tocantinenses, no 3° trimestre de 2016, foi de R$ 1.735, o das mulheres foi de apenas R$ 1.500, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A secretária do Trabalho e Assistência Social (Setas), Patrícia do Amaral, explica que apesar do empenho das mulheres em se capacitarem e enfrentarem desafios, o mundo do trabalho ainda é excludente a elas. “Para combater essa realidade, o Governo do Estado tem buscado alternativas como; capacitar mulheres para áreas predominantes masculinas com o projeto Jeito de Mulher e apostado no empreendedorismo, por meio da Aafeto e, ainda políticas de Economia Solidária”, diz a gestora.
Serviço e Comércio
Segundo dados do Caged, as mulheres tocantinenses são predominantemente contratadas nos setores de Serviço e Comércio, com base nesses dados, a secretária, Patrícia do Amaral, diz que uma das estratégias da Setas para ampliar a inclusão do público feminino foi qualificá-lo em outros setores. “O projeto Jeito de Mulher nasceu com esse objetivo e oferece cursos de eletricista, mecânico de motocicleta, pedreiro, instalador predial, ademais”, ressalta a Secretária.
Vale ressaltar, que a primeira etapa, o Projeto contemplou os municípios de Araguaína, Guaraí, Gurupi, Palmas, Paraíso do Tocantins e Porto Nacional, qualificando 258 mulheres. A partir de janeiro deste ano, começou a ser executada a segunda etapa e a perspectiva é a formação de mais 207 mulheres, totalizando 465 beneficiadas.
Empreendedorismo
Mas além do emprego formal, uma boa alternativa para as mulheres é o empreendedorismo. Em Palmas, elas contam com o Apoiando e Acreditando nas Famílias Tocantinenses (Aafeto), onde aprendem um ofício e são incentivadas a montarem o próprio negócio ou fazerem peças sob encomenda.
A gerente da Aafeto Maria da Penha Farias diz que o objetivo é preparar e empoderar as alunas para os novos desafios do mercado de trabalho. "Queremos que eles entendam que podem ser resposta às necessidades das pessoas à sua volta e garantir renda com esse pensamento”, explica.
Projetos de geração de emprego
Além de se capacitarem, tanto as alunas da Aafeto quanto outros formandos dos cursos oferecidos pela Setas de forma geral, têm desde fevereiro deste ano, prioridade na aquisição de empréstimos pelo Banco do Empreendedor do Tocantins (BEM). Os repasses oscilam entre R$ 1 mil a R$ 5 mil reais, dependendo da viabilidade econômica do negócio.
Mesmo a política de Economia Solidária desenvolvida no Tocantins não sendo voltada só para as mulheres, elas são as mais envolvidas. As artesãs do capim dourado, quebradeiras de coco, catadoras de materiais recicláveis são alguns dos públicos que serão beneficiados com os projetos Lixo e Cidadania e Ecosol Territorial, ambos em andamento.
O Lixo e Cidadania, por exemplo, pretende capacitar os catadores para um trabalho mais qualificado e para a formação de novos empreendimentos, como associações e cooperativas. Já o Ecosol Territorial visa fortalecer as organizações de Economia Solidária nos territórios do Bico do Papagaio, Jalapão e região Sudeste do Tocantins, com o intuito de promover o desenvolvimento social e a erradicação da pobreza no Estado.
Quer saber mais sobre o apoio do Governo do Estado às mulheres tocantinenses? Confira nossa série de matérias especial sobre o tema no site www.setas.to.gov.br