O Ministério Público Estadual (MPE), em conjunto com a Polícia Civil, empreendeu operação de combate à corrupção no Hospital Regional de Augustinópolis/TO, na tarde desta sexta-feira, 24, que resultou na condução coercitiva de um médico e um técnico em enfermagem. Os dois são acusados de exigir dinheiro de pacientes atendidos na Unidade de Saúde para realização de cirurgias.
O médico Alfredo Flores Urbina e o técnico em enfermagem Civanildo Morais da Silva prestaram esclarecimento na Delegacia de Augustinópolis e o promotor de Justiça Paulo Sérgio Ferreira de Almeida acompanhou os depoimentos. As investigações tiveram início em 2016, quando um dos pacientes fez denúncia na Promotoria de Justiça.
De acordo com o promotor de Justiça, durante as investigações foram juntadas declarações das vítimas e comprovantes de depósitos bancários em favor dos acusados. As investigações revelaram que o técnico em enfermagem era responsável pelas negociações.
O crime de concussão (art. 316 do Código Penal), é crime praticado por funcionário público, em que este exige, para si ou para outrem, vantagem indevida, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela. O crime é punido com pena de reclusão, de dois a oito anos, e multa.
Nota do Governo
O Governo do Estado esclareceu por meio de nota que, como medida imediata, foi determinado o afastamento dos investigados pelo período de 60 dias até que sejam concluídas as investigações.