Conexão Tocantins - O Brasil que se encontra aqui é visto pelo mundo
Estado

Manifesto em Palmas contra a Reforma da Previdência no último dia 15

Manifesto em Palmas contra a Reforma da Previdência no último dia 15 Foto: Divulgação

Foto: Divulgação Manifesto em Palmas contra a Reforma da Previdência no último dia 15 Manifesto em Palmas contra a Reforma da Previdência no último dia 15

Entidades representantes de diversas categorias de trabalhadores do Tocantins participarão, na próxima sexta-feira, 31, de mais uma mobilização contra medidas em curso no governo Michel Temer (PMDB). Diferente do ato realizado no último dia 15 de março, desta vez, além da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) nº 287, que trata da Reforma da Previdência, a mobilização também tem como alvos a Reforma Trabalhista e o projeto de lei aprovado na semana passada, que regulamenta a terceirização do trabalho no Brasil.

Como na manifestação do dia 15, as centrais sindicais do Tocantins seguem convocação nacional. Nesta sexta, está previsto um Dia Nacional de  Mobilização, conforme convocação da Central Única dos Trabalhadores (CUT). No Tocantins, de acordo com o presidente da Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB), Antonildo Alexandre de Medeiros, as entidades vão aderir também à convocação nacional para realização de um dia de greve geral, provavelmente no mês de abril.

A mobilização de sexta-feira, de acordo com o presidente da Nova Central Sindical dos Trabalhadores (NCST) no Tocantins, Cleiton Pinheiro, terá início às 8h30, com concentração na Avenida Juscelino Kubitschek (em frente ao Colégio São Francisco). De lá, os manifestantes seguirão até a Assembleia Legislativa, na Praça dos Girassóis.

“A nossa mobilização não vai parar apenas com o ato na rua”, afirmou Pinheiro. Segundo ele, as centrais sindicais do Estado estão buscando junto ao coordenador da bancada federal do Tocantins, senador Vicentinho Alves (PR), o agendamento de uma reunião com todos deputados federais do Estado. “Queremos entregar a eles uma carta aberta demonstrando a nossa indignação e protesto com relação a estas matérias”, afirmou. Em entrevista recente ao site Conexão Tocantins, o senador Vicentinho se posicionou favorável ao projeto de reforma, elencando apenas algumas alterações que propõe que sejam feitas no texto da lei.

Ainda segundo Cleiton Pinheiro, as centrais sindicais estão buscando apoio de diversos setores da sociedade, entre os quais igrejas e associações, a fim de ampliar a frente em prol da rejeição dos projetos em trâmite no Congresso Nacional. Uma das entidades é a Associação Tocantinense de Municípios (ATM), que reúne os prefeitos do Tocantins. “Nós sabemos que na imensa maioria dos municípios do Estado a economia é fomentada no dia do pagamento das aposentadorias e pensões. Queremos mostrar aos prefeitos o quanto os municípios serão também prejudicados com a perda de direito de seus trabalhadores; e que se juntem a nós, para tentar convencer nossos deputados a votarem contra este projeto da reforma da Previdência”, pontuou o sindicalista.

Ainda sobre o ato de sexta-feira,  o presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT) no Tocantins, Célio Mascarenhas, destacou a importância de os trabalhadores aderirem ao ato. “Nosso propósito é mobilizar o maior número possível de trabalhadores para demonstrar nossa indignação contra esses três projetos, tanto o que já foi aprovado, da terceirização, quanto as reformas da Previdência e Trabalhista”, enfatizou.

Servidores públicos

No último dia 21, o presidente Michel Temer anunciou que os servidores públicos estaduais e municipais ficarão de fora da proposta de reforma da Previdência. Na ocasião, afirmou que objetivo da mudança é "respeitar a autonomia" dos Estados e municípios. Para Cleiton Pinheiro, que está à frente do Sindicato dos Servidores Públicos do Estado do Tocantins (Sisepe-TO), este anúncio “é mais um golpe” contra os trabalhadores.

“Uma vez aprovada a reforma pelo Congresso, será uma questão de dias para que os estados e municípios ajustarem suas leis para os mesmos termos federais. O Michel Temer achou que ia desmobilizar os servidores com esse anúncio, mas o que ele conseguiu foi dar ‘um tiro no pé’. Não aceitamos esse projeto de forma alguma”, declarou Pinheiro.