Um registro videofotográfico sobre a situação indígena no Brasil. Assim poderia ser definida a exposição “Falas Indígenas”, de Graça Arnús, que a Galeria Sesc de Artes, em Palmas/TO, recebe durante o mês de abril. A abertura será neste dia 6, quinta-feira, às 19 horas, com um bate papo via Skype com a artista que se encontra em São Paulo (SP), recuperando-se de um acidente. A exposição seguirá aberta à visitação pública gratuita até o dia 28 de abril no Centro de Atividades da 502 Norte.
Composta de 20 fotografias medindo 30x48cm e 20 videodepoimentos de caciques de diferentes etnias indígenas brasileiras, a exposição foi registrada pela artista durante o 1º Jogos Mundiais Indígenas, que aconteceu em 2015 em Palmas (TO). Nos relatos, os indígenas apontam o desrespeito sofrido em seus territórios, quanto aos seus costumes e mesmo no que diz respeito às suas integridades físicas. Questões como legislação, falta de fiscalização, ação de fazendeiros e garimpeiros, e o massacre de populações inteiras gerado por causa do velho conflito entre a nossa civilização e os silvícolas. “Nesses depoimentos, os chefes indígenas apontam ainda a necessidade de que haja um entrosamento maior entre as duas culturas no intuito de haver maior reconhecimento, e para que possam obter o respeito do ‘homem da cidade’, principalmente com relação às suas mulheres, crianças e idosos. A exposição busca ainda refletir sobre a necessidade da efetivação da legislação que assegura os direitos dos povos indígenas,” ressaltou Graça Arnús.
Graça Arnús
Natural de São Paulo (SP), atualmente reside em Palmas (TO). É graduada em Arquitetura pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo de Santos. Iniciou suas atividades em artes plásticas quando frequentava os cursos livres de modelos vivos, sempre em busca da figura humana. Fez bacharelado em Pintura e dedicou-se à arquitetura e à produção artística buscando sentido em desenvolver uma produção com o olhar voltado para as manifestações culturais e religiosas do Estado do Tocantins.