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Esportes

O time que representou a cidade de Palmas no Campeonato Tocantinense 2017, o Capital Futebol Clube, tem agora um grande desafio pela frente: se reestruturar após o rebaixamento para a segunda divisão. A derrota para o Interporto no último sábado, 08/04, acabou com as chances da equipe se manter na elite do futebol tocantinense.

Para o segundo semestre o planejamento inicial é trabalhar para o estadual sub 19, que deve começar em agosto. A proposta é reforçar a equipe com algumas peças que ainda faltam e jogar o Campeonato Estadual com força máxima para defender o título conquistado em 2016. Já para a disputa da segunda divisão a ideia é montar uma equipe com a mesma base do sub-19, utilizando alguns atletas sub 23 para mesclar a equipe.

Com um elenco montado estruturalmente com jogadores que vão disputar a Taça São Paulo de Futebol Júnior em 2018, o Capital buscou montar um time balanceado, mesclando apostas em atletas sub 23 e algumas peças mais experientes. O presidente do clube, Ricardo Carreira, analisou o desempenho no estadual deste ano. “Nossa proposta era permanecer na divisão de elite, com uma equipe jovem. Sabíamos que seria uma temporada difícil. Tivemos pouco recurso financeiro, devido ao desinteresse dos empresários em patrocinar um campeonato sem visibilidade, além da crise financeira. Isso afetou, inclusive, o repasse do nosso grupo empresarial ao futebol”.

A diretoria do clube palmense também comentou sobre o formato do torneio e a qualidade das equipes do grupo A. “Em campeonatos neste modelo, mais curtos, com apenas seis jogos na primeira fase, cada partida é uma final. Tivemos pela frente o atual campeão, Gurupi, que entrou com muito dinheiro em caixa devido ao bom desempenho na Copa do Brasil, o Interporto, a segunda força do Tocantins e com jogadores e comissão renomada, aonde apenas um dos jogadores recebe de salário 1/3 de toda a nossa folha, e, por fim, o Paraíso, clube que sempre monta boas equipes com jogadores experientes”, analisou Ricardo.

O planejamento do Capital para o ano contava com a presença da torcida nas arquibancadas no Estádio Nilton Santos. O clube (ex-Ricanato) mudou de nome no final de 2016 com um projeto de levar um espetáculo ao estádio, onde o torcedor poderia ir com a família e ser bem recebido. Parcerias viabilizaram a manutenção dos banheiros, além de segurança garantida pela Jorima, empresa parceira. A alimentação ficaria por conta da “Padoca do Dallé”, com produtos de qualidade e diversificados. A diretoria também penejava promoções para quem fosse ao estádio vestindo camisas rubro-negras, dentre outras iniciativas.

Porém, fatores extra campo impediram que tudo isso pudesse ser feito. “Nosso primeiro jogo em casa foi com portões fechados. O segundo só foi liberado o acesso da torcida no dia anterior e a última partida teve que ser transferida para Miracema. O resultado não poderia ser outro: torcida zero, receita zero, planejamento comprometido, time sem apoio da torcida. Tudo isso contribuiu negativamente para o desempenho dos jogos”.

Em campo

Nas três primeiras rodadas o Capital saiu na frente no placar, com mais oportunidades de gol do que as outras equipes, pecando sempre na finalização. Na quarta rodada, apesar de começar perdendo por 3 a 0 e com um jogador a menos, a equipe conseguiu diminuir a vantagem e a quase empatar.

“Com vários problemas dentro e fora de campo, a diretoria sofreu pressão por novas contratações, pela demissão do técnico, mas isso sempre foi contra o meu pensamento. Banquei a equipe, os garotos e o treinador. Não me arrependo. Pelo contrário, foi um grande aprendizado, e uma grande evolução principalmente para os garotos da base”, finalizou Ricardo.