Em seu pronunciamento na sessão desta quinta-feira, 27, a deputada Amália Santana (PT) convidou a população para participar do movimento de greve geral contra a reforma da Previdência, marcada para esta sexta-feira, 28. A parlamentar ressaltou a importância da mobilização que representará, segundo ela, “a voz das ruas” contra a proposta do Governo Temer que “retira garantias dos trabalhadores”.
“A roda da história deve seguir, não retroceder. A luta pela manutenção das garantias trabalhistas da mulher, como a licença maternidade e dos idosos, como aposentadoria, não deveria ser ideológica ou partidária, mas de todo brasileiro que preza pela democracia”. Para Amália, os trabalhadores já tiveram prejuízo com a aprovação da terceirização e da reforma trabalhista na Câmara dos Deputados” , destacou.
A reforma trabalhista proposta pelo governo Temer foi votada pelo plenário da Câmara dos Deputados na quarta-feira, 26, por 296 votos a 177 contra, e segue para votação no Senado.
Amália alerta também que o item da reforma, que propõe fim à contribuição sindical - vai enfraquecer os sindicatos, pois não terão como custear processos de interesse da categoria.
Já o deputado Osires Damaso (PSC), favorável à reforma trabalhista, não concorda que as mudanças possam prejudicar os trabalhadores. Ele argumenta que a execução das medidas de contenção de gastos e o fortalecimento da economia vão contribuir para o crescimento das empresas e a abertura de novas, que resultarão na geração de mais emprego e renda.
O deputado José Bonifácio (PR), por sua vez, disse que apesar dos embates políticos e dos interesses partidários e setoriais, a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) deve ser atualizada. “Não é o momento de radicalizar, mas sim de buscar soluções para modernizar a CLT que é de 1943. Por isso precisa ser alterada para se enquadrar as reais necessidades do trabalhador, mas também observar ao momento econômico atual em que o país vive”, argumentou. (AL/TO)