A Polícia Federal deflagrou nesta sexta-feira, 28, a 4ª fase da Operação Ápia, que investiga desvio de recursos públicos no Tocantins. Desta vez, um dos alvos da operação é o deputado estadual Eduardo Siqueira Campos (DEM). Eduardo foi alvo de um mandado de condução coercitiva, tendo sido levado de seu apartamento, na 204 Sul, em Palmas, por volta das 8h, para depor na sede da PF.
Na ocasião, o parlamentar concedeu entrevista à imprensa e se tranquilo diante da situação. À TV Anhanguera, ele negou que tenha usado dinheiro de origem ilegal. "É a primeira vez que deponho na Operação Ápia, como eu sou cidadão comum, agente público, acho que é minha obrigação. Fizeram a revista no apartamento, não há o que encontrar ou levar. Acho que isso faz parte", disse.
Segundo a reportagem, o escritório de advocacia de Renan Bezerra de Melo Pereira, ex-superintendente de obras e filho do procurador geral do Ministério Público Estadual, Clenan Renaut de Melo também foi alvo da operação, quando a Polícia Federal realizou busca e apreensão de documentos.
Alegando cumprimento de determinação judicial, a PF informou que não vai divulgar informações oficiais sobre a operação.
Operação Ápia
A investigação da Polícia Federal versa sobre fraudes em contratos de terraplanagem e pavimentação asfáltica em 29 rodovias estaduais e pavimentação asfáltica nos 139 municípios do Estado. Ao todo, seis empresas começaram a ser investigadas e prestando esclarecimentos à Polícia Federal além de servidores públicos e empresários que participaram da fraude que apropriou de mais de R$ 200 milhões de recursos públicos.
De acordo com a Polícia Federal, foi possível constatar a existência de vários núcleos, incluindo um núcleo político que era composto por pessoas que compunham o alto escalão do Estado, entre eles os dois ex-governadores Sandoval Cardoso e Siqueira Campos. Siqueira Campos prestou depoimento. Sandoval chegou a ser preso na Casa de Prisão Provisória de Palmas (CPPP), onde permaneceu de 13 a 28 de outubro do ano passado.
Segundo a PF um comitê executivo distribuía recursos para várias secretarias estaduais, entre elas, a Secretaria de Infraestrutura que através da Agetrans, fazia as licitações e acompanhamento de todas as obras de pavimentação e terraplanagem no Estado.