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Meio Ambiente

Foto: Frederick Borges
  • Ranking de focos por Estado, de acordo com o Inpe
  • Dados de acordo com a Defesa Civil do Tocantins

De acordo com o Programa Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o Tocantins já registrou em 2017, 4.070 mil focos, perdendo apenas para o Mato Grosso, que já conta com 7.312 mil focos de fogo no ano. Em terceiro lugar no ranking de queimadas, está o Pará, com 3.688 mil focos.

Neste mês de julho, o Tocantins já registrou 1.759 mil focos de queimadas, ocupando a terceira posição. Lideram o ranking o Pará (com 2.510 mil focos) e Mato Grosso (com 2.147 focos). Em quarto lugar está o Maranhão (com registro de 1.573 focos de queimadas). Pará, Mato Grosso e Maranhão fazem limite com o Tocantins. 

Os números são tão alarmantes que apenas nesta última segunda-feira, 24, o Tocantins registrou 142 focos. Para completar, os municípios Formoso do Araguaia (493 focos), Lagoa da Confusão (438) e Mateiros (328), estão entre os 10 municípios brasileiros com mais focos acumulados neste ano. Formoso (347 focos) e Lago da Confusão também estão entre os 10 municípios do País com mais focos apenas em julho.

Em 2016, até o mês de julho, foram somados 1.083 focos apenas nas cidades de Lagoa da Confusão, Formoso do Araguaia e Mateiros. A maior parte dos focos de incêndio são registrados em terras indígenas, unidades de conservação e matas pelas rodovias. 

Confira aqui todos os dados divulgados pelo Inpe.   

Defesa Civil do Tocantins 

Ao Conexão Tocantins, o diretor executivo da Defesa Civil do Tocantins, major do Corpo de Bombeiros, Diógenes Madeira de Oliveira, disse que a Defesa Civil articula ações no intuito de reduzir os focos de incêndios e precisa de apoio das prefeituras, órgãos de controle e da população para que haja redução nas queimadas. "É cultural no nosso Estado a pessoa ver o mato seco e colocar fogo. A maioria dos incêndios de grande porte são por ação humana. A população é a parte mais interessada que deve contribuir conosco. As queimadas atingem todos nós e a participação da população é fundamental", frisou. 

As prefeituras, segundo o major, devem apoiar às ações realizando a capacitação de brigadistas. "E colocar os brigadistas para fazer o combate. As prefeituras devem aliar educação ambiental e prevenção", afirmou. 

Crime 

De acordo a Lei 9.605/98, que trata dos Crimes Ambientais atear é fogo em áreas urbanas e de proteção ambiental é crime e pode gerar multas e penas restritivas de liberdade. As denuncias podem ser feitas por meio dos telefones 193, do Corpo de Bombeiros Militar e 199, da Defesa Civil Estadual.