O PIB registrou variação positiva de 0,2% na comparação do segundo contra o primeiro trimestre de 2017, na série com ajuste sazonal. A Agropecuária registrou variação nula (0,0%), a Indústria caiu 0,5% e os Serviços cresceram 0,6%, segundo pesquisa divulgada nesta sexta-feira, 1°, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Os Serviços tiveram resultado positivo: comércio (1,9%), atividades imobiliárias e outros serviços (0,8%) e atividade de transporte, armazenagem e correio (0,6%). Os serviços de informação caíram 2,0% e as atividades de administração, saúde e educação pública (-0,3%) e de intermediação financeira e seguros (-0,2%) registraram variações negativas.
Pela ótica da despesa, o Consumo das Famílias voltou a crescer após nove trimestres, com expansão de 1,4%. Já o Consumo do Governo (-0,9%) e a Formação Bruta de Capital Fixo (-0,7%) registraram queda. No setor externo, as Exportações de Bens e Serviços registraram variação positiva de 0,5%, enquanto que as Importações de Bens e Serviços caíram 3,5% em relação ao primeiro trimestre de 2017.
Na comparação com o 2º trimestre de 2016, a agropecuária cresce e indústria e serviços caem
Quando comparado a igual período do ano anterior, o PIB apresentou variação positiva de 0,3% no segundo trimestre de 2017, após 12 trimestres consecutivos com resultados negativos. O Valor Adicionado a preços básicos teve variação positiva de 0,3% e os Impostos sobre Produtos Líquidos de Subsídios mantiveram-se praticamente estáveis (0,1%).
Dentre as atividades, a Agropecuária cresceu 14,9% em relação ao segundo trimestre de 2016. Este resultado pode ser explicado, principalmente, pelo desempenho de alguns produtos que possuem safra relevante no segundo trimestre e pela produtividade, conforme o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) de agosto. Com exceção do café, que apresentou queda de 7,0% na estimativa de produção anual, as demais culturas apontaram crescimento na estimativa de produção anual e ganho de produtividade: milho (56,1%), soja (19,7%) e arroz (16,3%).
A Indústria sofreu queda de 2,1%. Nesse contexto, a indústria de transformação caiu 1,0%, influenciada, principalmente, pelo decréscimo na produção de equipamentos de transporte (exceto veículos automotivos), de máquinas, aparelhos e materiais elétricos, de produtos derivados do petróleo e biocombustíveis, e de alimentos e bebidas.
A construção também apresentou redução no volume do valor adicionado: -7,0%. Já a extrativa mineral se expandiu em 5,9%, puxada pelo crescimento da extração de petróleo e gás natural e de minérios ferrosos. A atividade de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana, por sua vez, registrou variação negativa de 0,5%.
O valor adicionado de Serviços teve variação negativa de 0,3%, com destaque para a contração de 2,5% dos serviços de informação – atividade esta que inclui telecomunicações, atividades de TV, rádio e cinema, edição de jornais, livros e revistas, informática e demais serviços relacionados às tecnologias da informação e comunicação (TICs) – e o recuo de 2,1% de intermediação financeira e seguros. Também apresentaram quedas as atividades de administração, saúde e educação pública (-1,3%) e transporte, armazenagem e correio (-0,5%).
Já o comércio (atacadista e varejista) e as atividades imobiliárias cresceram, ambos, 0,9%, seguidos pelos outros serviços, que apresentaram variação positiva de 0,3%.
Após nove quedas, consumo das famílias volta a crescer em relação ao 2º trimestre de 2016
Após nove trimestres consecutivos de queda, a Despesa de Consumo das Famílias voltou a apresentar resultado positivo: crescimento de 0,7% na comparação com mesmo período de 2016. Este resultado foi influenciado pela evolução de alguns indicadores macroeconômicos ao longo do trimestre, como a desaceleração da inflação, a redução da taxa básica de juros e o crescimento, em termos reais, da massa salarial.
A Formação Bruta de Capital Fixo sofreu contração de 6,5% no segundo trimestre de 2017, a 13ª consecutiva. Este recuo é justificado, principalmente, pela queda das importações de bens de capital e pelo desempenho negativo da construção neste período. A Despesa de Consumo do Governo, por sua vez, teve contração de 2,4%.
No setor externo, as Exportações de Bens e Serviços apresentaram crescimento de 2,5%, enquanto as Importações de Bens e Serviços sofreram contração de 3,3% no segundo trimestre de 2017. Dentre as exportações de bens, aqueles que registraram os maiores aumentos foram veículos automotores, petróleo e gás natural, produtos agropecuários e papel e celulose. Na pauta de importações de bens, as quedas mais relevantes ocorreram em máquinas e equipamentos, equipamentos de transporte (exceto veículos automotores), minerais metálicos, máquinas, aparelhos e materiais elétricos, e produtos de metal.
PIB tem variação nula (0,0%) no primeiro semestre
No 1º semestre de 2017, o PIB apresentou variação nula em relação a igual período de 2016, após queda de 2,7% no segundo semestre de 2016. Nesta base de comparação, destaque para o desempenho positivo da Agropecuária (15,0%). Já a Indústria e os Serviços caíram, respectivamente, 1,6% e 1,0%.
Na análise da demanda interna, considerando a comparação semestral, destaca-se a queda de 5,1% da Formação Bruta de Capital Fixo. A Despesa de Consumo das Famílias caiu 0,6%, enquanto a Despesa de Consumo do Governo recuou em 1,9%. No que se refere ao setor externo, as Importações de Bens e Serviços apresentaram uma expansão de 2,9%, enquanto as Exportações de Bens e Serviços cresceram 2,2%.
Taxa de investimento fica em 15,5% do PIB no 2º trimestre
O Produto Interno Bruto no segundo trimestre de 2017 totalizou R$ 1,639 trilhão, sendo R$ 1,422 trilhão referente ao Valor Adicionado a preços básicos e R$ 216,5 bilhões aos Impostos sobre Produtos líquidos de Subsídios.
A taxa de investimento no segundo trimestre de 2017 foi de 15,5% do PIB, abaixo do observado no mesmo período do ano anterior (16,7%). A taxa de poupança foi de 15,8% no segundo trimestre de 2017 (ante 15,6% no mesmo período de 2016). (Com informações IBGE)