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Campo

Foto: Equisley Ribeiro

Foto: Equisley Ribeiro

Aumentar a produção de alimentos preservando o meio ambiente é uma realidade cada vez mais necessária ao agronegócio. O governo do Tocantins, por meio da Secretaria do Desenvolvimento da Agricultura e Pecuária (Seagro) apoia e fomenta, através de informações e capacitações, para que os produtores rurais adotem técnicas agrícolas sustentáveis que visam mitigar e reduzir a emissão dos Gases de Efeito Estufa (GEE), gerando renda com preservação.

Com objetivo de disseminar o uso da tecnologia de Biodigestão, para agricultores e pecuaristas do Tocantins a Secretaria da Agricultura realiza na próxima quarta-feira, 28, o 2º Seminário de Fomento ao Uso de Biodigestores no Estado do Tocantins. O evento acontece das 8h às 12h, no auditório da Seagro, em Palmas.

A ação resulta do convênio n. 806634/2014, firmado entre a Seagro e o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e está alinhada ao Programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC-TO). O objetivo é promover o desenvolvimento sustentável, preservando o meio ambiente, elevando a melhoria da qualidade de vida no campo, reduzindo as desigualdades sociais.

De acordo com o gerente de Agroenergia e Florestas da Seagro, Carlos Manuel Carvalho Carreira, o seminário visa promover conhecimento e qualificação de técnicos e produtores rurais do Estado, em boas práticas no manejo e tratamento dos dejetos animais. "Os participantes terão informações também sobre os melhores meios de cultivo e manejo da agricultura orgânica e no processo de produção de Biogás e Biofertilizante no Tocantins" adianta.

Cenário atual

A Seagro em parceria com as instituições de ensino técnico já instalou um sistema de biodigestor na Escola Agrícola de Porto Nacional, que já está na fase de produção de gás e biofertilizante, e outro no Colégio Agropecuário de Natividade, em fase de capitação de resíduos, começando a produção em aproximadamente 60 dias.

Na iniciativa privada, duas granjas tocantinenses já utilizam o sistema, a Fazenda Pedra Furada, no município de Palmeiras do Tocantins, foi o primeiro deste tipo no Estado, e o pioneiro no país em tratamento de dejetos de aves, popularmente conhecido como “cama de frango”. E a Fazenda Bom Tempo, em Darcinópolis, instalou um sistema composto por oito biodigestores, que tem capacidade para o tratamento de dejetos de cerca de 300 mil aves distribuídas em dez galpões.  

Meta do ABC

Para atender o Plano Nacional de Agricultura de Baixo Carbono (ABC- Tocantins), o  governo do Tocantins, por meio da Secretaria da Agricultura tem o compromisso de tratar 50 mil metros cúbico de resíduos animais até 2020. O plano prevê, nas diversas atividades, incluindo a suinocultura, deixar de lançar 78.400 mil toneladas de CH4 (metano) equivalentes na atmosfera.

O objetivo é para cumprir a meta atingindo níveis mais elevados de produtividade, qualidade do produto, qualidade ambiental e competitividade da agropecuária tocantinense.

Programação:

08h às 08h30 – Inscrições.

08h30 às 09h – Abertura: Secretário Clemente Barros Neto.

09h às 09h30 – O Uso de Biodigestores para Tratamento de Dejetos Animais Palestrante: Engenheiro agrônomo e analista da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA), Evandro Carlos Barros.

09h30 às 10h – Propriedades do Biofertilizante Gerado a Partir do Processo de Biodigestão. Palestrante: Engenheiro agrônomo e analista da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA), Evandro Carlos Barros.

10h15 às 11h – Palestrantes: Expansão dos Sistemas de Biodigestão no Estado. Casos de Sucesso. Palestrante: Pioneiro no Brasil no uso de biodigestores para “cama de frango”, Raimundo Alves Ferreira, e um proprietário do sistema de Biodigestão instalado no Estado, Edson Negreiros Lima.

11h às 11h30 – Legislações de Fomento ao Uso da Tecnologia de Biodigestão Palestrantes: Engenheiro eletricista, Danilo Abrão Brentinni  e o engenheiro eletricista, Renato Augusto Queixa Finochio.

11h30 às 12h – Linhas de Crédito Disponíveis para Financiamento. Palestrante: Engenheiro agrônomo e o especialista em Gestão do Agronegócio do Banco da Amazônia, Romilton Brito da Paixão.