As altas temperaturas no Tocantins têm apresentado recordes de calor e para enfrentar a temperatura, a população tocantinense tem intensificado o uso de ventiladores, ar-condicionado, bebedouros e geladeiras, equipamentos que consomem mais energia para funcionarem neste período. Segundo a Energisa, para se ter uma ideia, considerando o consumo já apurado até o momento, no comparativo com outubro de 2016, o tocantinense já consumiu em média 14% a mais de energia.
O aumento do consumo traz impacto direto no valor pago na conta de luz. “As altas temperaturas e a falta de chuva são determinantes para o aumento do consumo no período. Em setembro deste ano, por exemplo, tivemos 0,31 milímetros (mm) de chuva, enquanto em 2016, tivemos 62,26 mm no mesmo mês. Ou seja, é um cenário atípico”, destaca Mauro Inácio dos Santos, gerente de faturamento da Energisa, acrescentando que no Tocantins o consumo das classes residencial e comercial representam 62% do total, sendo que, principalmente a classe residencial sofre forte influência no consumo em virtude das altas temperaturas.
Ele explica que avaliando os principais municípios do estado, nota-se que as temperaturas médias mínimas foram superiores em 3,07% e a máxima em 4,46%, quando comparados os dias de outubro de 2016 com o mesmo período de 2017.
Variação de consumo
O consumo de energia elétrica de um imóvel nem sempre é igual todos os meses, pois vários fatores podem interferir no perfil de consumo do cliente. Além do calor, que força os equipamentos a consumirem mais energia, a instalação de novos aparelhos,problemas nas rede interna e até mesmo mudanças na rotina da família podem ser determinantes para o aumento do consumo na residência.
“Muitas vezes mudamos pequenos hábitos e não percebemos. Se eu ligava o ar-condicionado às 20h e com o calor intenso passo a ligá-lo às 19h, por exemplo, tenho mais uma hora de consumo todos os dias, o que vai impactar significativamente na conta. Além do tempo de funcionamento atingir a temperatura ideal para o ambiente”, alerta Mauro Inácio.
Mauro Inácio destaca ainda que para acompanhar o consumo na conta de luz é importante que os clientes conheçam a composição da conta. Além do consumo, a fatura conta ainda com encargos e tributos, como Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) pago ao Governo do Estado; o Programa de Integração Social (PIS), a Contribuição sobre Operações Financeiras (COFINS) e a Bandeira Tarifária, pagos ao Governo Federal e à COSIP – Contribuição para o Custeio da Iluminação Pública. “O aumento do consumo também impacta no valor dos impostos e encargos cobrados.”
Bandeira Tarifária
A Bandeira Tarifária também é um fator importante na conta e teve nesta terça-feira, 24, o valor revisado na cor Vermelha. Determinada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a Bandeira Tarifária vermelha (patamar 2) apresenta custo de R$ 5,00 a cada 100 kWh (quilowatts-hora) consumidos, ou seja, R$ 0,05 a cada quilowatts-hora. Essa bandeira foi acionada porque, segundo a Aneel, a situação dos reservatórios das usinas hidrelétricas alcançou níveis preocupantes e, ainda que não haja risco de desabastecimento de energia elétrica, é preciso reforçar as ações relacionadas ao uso consciente e combate ao desperdício. As Bandeiras Tarifárias variam justamente para dar esse sinal aos consumidores. O patamar 2 indica a necessidade de operar usinas térmicas mais caras para compensar a geração hidráulica inibida pela falta de chuvas.
Confira as dicas da Energisa para economizar energia:
> Desligue os aparelhos eletrônicos e evite deixá-los em stand by
> Apague as luzes ao sair dos cômodos e use a luz natural sempre que possível
> Acumule roupas para lavar e também para passar: ao ligar e desligar o ferro ou a máquina de lavar você gasta uma grande quantidade de energia
> Substitua aparelhos antigos que gastam mais energia (eletroeletrônicos) por equipamentos com o Selo Procel
> Nos dias quentes, use o chuveiro na posição "verão" (o consumo será cerca de 30% menor)
> Limpe periodicamente os orifícios de saída de água do chuveiro
> Instale a geladeira em local bem ventilado, sem encostar em paredes ou móveis e longe de fontes de calor
> Nunca utilize a parte traseira da geladeira para secar panos ou roupas
> Nunca coloque alimentos quentes na geladeira e não forre as prateleiras
> Não deixe a porta da geladeira aberta por muito tempo e não se esqueça de manter as borrachas de vedação da porta em bom estado
> Não sobrecarregue benjamins ou adaptadores de tomadas (peça para ligar vários aparelhos a uma só tomada)
> Nos banheiros, cozinhas, lavanderia e garagem, instale lâmpadas fluorescentes: elas iluminam melhor, duram mais e gastam menos energia (uma lâmpada fluorescente de 15 a 40 Watts ilumina tanto quanto uma incandescente de 60 Watts. Se, para iluminar uma cozinha, utiliza-se uma lâmpada incandescente de 100 Watts, ao substituí-la por uma fluorescente de 32 Watts, a economia será de 1/3 e a durabilidade será de 5 a 10 vezes maior).