Conexão Tocantins - O Brasil que se encontra aqui é visto pelo mundo
Campo

Foto: Divulgação

A Secretaria do Desenvolvimento da Agricultura e Pecuária (Seagro), por meio da Diretoria de Tecnologias Sociais e Sociobidiversidade, participou nesta semana, 12 a 14, do Seminário Regional de Agroecologia e Produção Orgânica. O evento ocorreu em Belém (PA), promovido pela Secretaria Nacional de Articulação Social, do Governo Federal, em parceria com o Governo do Pará, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap).

O seminário contou com mesa-redonda com representantes dos estados da região Norte do País e outros trabalhos de caráter técnico pautados nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e suas relações com a agroecologia e produção orgânica, proporcionando uma aproximação dos estados com a Política Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (Pnapo) e com o Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (Planapo). Junto com o seminário, ocorreu ainda uma feira com produtos da agroecologia e produtos orgânicos reunindo produtores paraenses.

De acordo com a diretora de Tecnologias Sociais e Sociobidiversidade da Seagro, Marta Barbosa, o seminário foi um diálogo entre Governo Federal, governos estaduais da região Norte e sociedade civil. “Todos unindo esforços e trabalhando no sentido de valorização dos avanços e na superação dos desafios para a elaboração de ações e políticas públicas para o fortalecimento da agroecologia, da produção orgânica e do extrativismo na região Norte”, explicou.

Marta Barbosa frisou que o seminário foi importante ainda para colher informações da agroecologia, da produção orgânica e extrativismo no âmbito regional, além de fomentar compromisso entre estado e sociedade civil até 2015 para promoção do setor.  

Tocantins

Na tarde desta quinta-feira, 14, foi realizada a apresentação dos estados participantes. “Levamos para o seminário as experiências que temos aqui no Estado, como a Comissão de Produção Orgânica (CPOrg-TO), Câmara Setorial da Sociobiodiversidade, a luta das mulheres extrativistas (quebradeiras de coco) do extremo Norte do Estado, dos quilombolas e das associações agroecológicas da agricultura familiar”, enumerou Marta Barbosa.

Segundo a Diretora foi aprovada a plenária moção de repúdio contra o projeto de Lei nº 194/2017, publicado no diário da Assembleia Legislativa do Estado do Tocantins de autoria do deputado José Bonifácio Gomes de Sousa (PR).

Agricultura orgânica

A agricultura orgânica e a agroecologia ganham um espaço crescente no Brasil. Segundo levantamento feito pela Coordenação de Agroecologia (Coagre) da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo (SDC), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a área de produção orgânica no país pode ultrapassar, em 2017, os 750 mil hectares registrados em 2016. Um crescimento impulsionado, principalmente, pela agricultura familiar.

Junto com a agricultura orgânica, cresce o interesse pela agroecologia, um sistema de produção que se utiliza de técnicas que respeitam o meio ambiente, as pessoas, principalmente o homem no campo, e o alimento, usando recursos locais sem a dependência de insumos externos à propriedade e valorizando o conhecimento científico e popular e a troca de saberes, além de buscar a transformação social no campo. Agroecologia e agricultura orgânica caminham, cada vez mais, de mãos dadas.