Pelo menos 50 pessoas foram presas ao longo de 2017, segundo balanço do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público Estadual (MPE), em decorrência das operações deflagradas pelo órgão, em conjunto com a polícia.
O Gaeco também contabiliza diversas denúncias criminais resultantes de investigações contra organizações criminosas, entre elas, operações que envolvem tráfico de drogas e até formação de cartel entre postos de combustíveis. Mais recentemente, o órgão passou a fazer o trabalho de monitoramento das tornozeleiras eletrônicas.
Composto por três Promotores de Justiça, analistas ministeriais e técnicos especializados, o Gaeco tem atuado de forma consistente em investigações minuciosas, nas quais se utiliza de equipamentos modernos e trabalho de campo para a elucidação de crimes como tráfico de drogas e armas, explosões de caixas eletrônicos, dentre outras atividades criminosas.
No mês de março, o órgão recebeu o reforço de um equipamento israelense (Ufed Touch 2 Cellebrite) capaz de extrair sistemas de arquivos lógicos e senhas de todos os dados de celulares, inclusive os apagados. Segundo o coordenador do Gaeco, Promotor de Justiça Marcelo Ulisses Sampaio, os trabalhos de inteligência e contrainteligência foram otimizados com o dispositivo.
Como resultado desse trabalho, o Gaeco contabilizou, até então, a apreensão de cerca de 77 kg de entorpecentes, quatro quilos de dinamite e seis armas de fogo.
Cartel de postos de combustíveis
Um caso de grande repercussão, que contou com intenso trabalho de investigação do Gaeco, diz respeito ao crime contra a ordem econômica envolvendo dois empresários por formação de cartel em postos de combustíveis na cidade de Palmas. De acordo com a denúncia, contra Benedito Neto de Faria e Eduardo Augusto Rodrigues Pereira – este último presidente do Sindicato de Revendedores de Combustíveis e investigado pelo assassinato de outro empresário do ramo dos combustíveis – recai a acusação de alinhamento de preços.
Monitoramento das tornozeleiras eletrônicas
Também neste ano, o Gaeco passou a compartilhar o monitoramento e o rastreamento das tornozeleiras eletrônicas da capital, equipamento destinado aos condenados do regime semiaberto, aos que cumprem prisão domiciliar e àqueles de medida cautelar. O objetivo é intensificar a fiscalização, a fim de evitar novas práticas delituosas por parte dos monitorados. O MP/TO é o primeiro do Brasil a fazer este trabalho.
Crimes contra a ordem tributária
O Gaeco também intensificou o combate a crimes contra a ordem tributária e evasão fiscal de no Tocantins, graças a um termo de cooperação técnica firmado com a Secretaria Estadual da Fazenda (Sefaz). Além de combater a sonegação fiscal, por meio de procedimento investigatório criminal, o termo permitirá a recuperação de ativos e também reduzir a concorrência desleal entre aqueles que cumprem com suas obrigações e aqueles que estão à margem da lei. (Comunicação MPE/TO)