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Meio Ambiente

Plataforma de chegada ao Parque e espaço para contemplação da natureza

Plataforma de chegada ao Parque e espaço para contemplação da natureza Foto: Fernando Alves

Foto: Fernando Alves Plataforma de chegada ao Parque e espaço para contemplação da natureza Plataforma de chegada ao Parque e espaço para contemplação da natureza

A unidade de proteção integral Parque Estadual do Cantão (PEC) superou as expectativas de visitação durante o ano de 2017, com 2.325 visitantes, 280% acima do público de 2016, que foi de 826 pessoas. Criada em 14 de julho de 1998, por meio da Lei Estadual Nº 996, o PEC foi à primeira unidade dessa categoria no Tocantins. A gestão do Parque é de responsabilidade do Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins).

Conforme o supervisor do Parque, Adailton Glória, em 2017, a gestão focou em algumas ações dentre elas a busca na interação com o entorno da unidade, no sentido de levar um maior número de pessoas para seu interior e dessa forma realizar um trabalho de educação ambiental mais abrangente, como em Marianópolis e outras cidades, inclusive no Estado do Pará.

“Creio que esse aumento de visitantes ocorre em razão do trabalho de divulgação do Parque que fazemos em Caseara. E quando os moradores chegam ao Parque gostam muito e acabam sendo multiplicadores. O mesmo ocorre com os pesquisadores e estudantes. Eles divulgam lá fora a nossa rica biodiversidade local”, explicou.

O supervisor aponta que durante as visitas das unidades de ensino, sempre acontecem palestras com temas relativos à educação ambiental com material áudio – visual. Outra forma de divulgar o Parque é por meio de material publicitário, quando distribuímos aos visitantes folders e calendários.

Adailton Glória, também atribui o crescimento das visitas à exibição de matérias em nível nacional, o que atrai pessoas de outros Estados. “Os visitantes querem conhecer o Parque porque é um ambiente novo. São realidades diferentes no inverno e no verão. Aqui temos cerrado e floresta amazônica. Por isso os professores trazem seus alunos para realizar aulas de campo. Todos ficam encantados com a nossa realidade natural e por isso fazem a divulgação”, ressaltou.

Outra ação relevante em 2017 está relacionada em reforçar os meios de proteção no Parque e seu entorno, como a Implantação do Manejo Integrado do Fogo (MIF), que tem como proposta ter ações mais efetivas no combate aos focos de calor. Também foi aumentado o número de operações de fiscalização por terra e água, que visam combater a caça e pesca predatórias.

Com o objetivo de capacitar os técnicos da unidade, em 2017 ocorreram cinco capacitações, três oficinas e três treinamentos. A parceria com o Instituto Araguaia continuou com as pesquisas sobre ariranhas, botos e peixes. As investigações envolvem seis pessoas que atuam permanentemente nos estudos dessas espécies.

Este ano foi marcado pelo retorno do Projeto Quelônios, que estava paralisado há cerca de sete anos. O Projeto tem a finalidade do repovoamento da tartaruga - da - Amazônia e tracajás na região do Cantão, considerado o berçário de toda a ictiofauna da bacia hidrográfica do Rio Araguaia. O Projeto está sendo desenvolvido pelo Governo do Estado e o apoio de diversos parceiros, tendo como coordenação ambiental o Naturatins e o Ibama, além da iniciativa privada e de voluntários.

Segundo Adailton Glória o Projeto recebe o apoio efetivo do Parque. “Nós queremos que a cada ano seja aumentada a quantidade de quelônios nesta área. Anteriormente foram soltos na natureza mais de oito mil filhotes de tartaruga - da - Amazônia. Atualmente o Projeto identificou 19.904, ovos em onze locais diferentes. Desse total 16.911 filhotes permaneceram vivos até a soltura. Está prevista para até o mês de fevereiro de 2018, a soltura de mais 10 mil quelônios no Rio Araguaia”, complementou.

Criação

O Parque Estadual do Cantão foi à primeira unidade de conservação de proteção integral. Foi criada no dia 14 de julho de 1998, por meio da Lei Estadual Nº 996, e é considerada uma das áreas protegidas mais importantes da Amazônia brasileira, devida à sua grande riqueza biológica.

Esta unidade de conservação protege 325 espécies de aves, 299 espécies de peixes, da maior população de ariranhas, onças-pintadas, jacaré-açu, harpias, além da maior população do recém-descoberto boto do Araguaia, o Inia Araguaiensis, entre outros animais.

Esta unidade de conservação de proteção integral possui aproximadamente 90 mil hectares de área e está localizada entre os biomas cerrado e amazônico. Distante de Palmas 259 km de Palmas, o acesso é pela TO-080. O Parque abrange os municípios de Caseara e Pium.

Para visitar o PEC, é necessário fazer o agendamento da visita. Para obter mais informações sobre o Parque ou agendar a visita, o interessando deve entrar em contato de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h, através do telefone