O número de casos de Chikungunya em Palmas foi, em 2017, dez vezes maior que o registrado em 2016, quando foram recebidas 532 notificações e comprovados 48 casos da doença. Já em 2017, foram 1.684 notificações e 590 confirmações. Em todo o Estado de Tocantins, o aumento de ocorrências da doença foi de 342%.
A enfermeira Roseneide Moura, 43 anos, que trabalha na Unidade Básica de Saúde da 403 Norte, no Plano Diretor Norte, não pensou que faria parte desse índice tão alto. Casada e sem filhos, teve Chikungunya em junho de 2017. Ela mora com o esposo na quadra 406 Norte e conta que sofreu por três meses com os sintomas da doença. “Eu comecei com uma febre e dor no ombro, dor nas articulações. Eu fiquei acamada. Até para andar ficava difícil. Eu não conseguia levantar a mão para pentear o cabelo. Foi bem forte. Até as coisas do dia a dia mesmo, pentear o cabelo, andar, fazer alguma atividade doméstica, eu não conseguia”, diz.
Os pacientes que contraem a doença podem apresentar sintomas por até três anos. Ao contrário da Chikungunya, Dengue e Zika, que são transmitidas pelo mesmo mosquito, tiveram redução. Os casos de Dengue caíram 89,7% e de Zika, 42,7%.
As três doenças têm sintomas parecidos, mas a biomédica e coordenadora do Grupo Condutor das Arboviroses e Zoonoses de Palmas, Nábia Gomes, explica que há uma diferenciação clínica entre elas. “A Dengue, a sintomatologia a população já conhece melhor: febre, dor de cabeça, dor nos olhos, dor no corpo. A Chikungunya se manifesta de forma diferente, porque tem uma dor nas articulações mais intensa. Então, a pessoa vai ter febre, dor de cabeça, porém, uma dor muito intensa nas articulações, com dificuldade mesmo de andar, de se locomover, e a febre é alta. Já no Zika vírus, a febre não é a característica principal. Você pode ter os olhos vermelhos, ficar com a pele vermelha também e a febre é baixa”, esclarece.
Ao apresentar os sintomas os sintomas da doença o paciente deve procurar a Unidade Básica de Saúde mais próxima.
Prevenção
A população é responsável e importante agente no combate ao mosquito transmissor da doença e deve evitar deixar água parada em caixas d’água, pneus, calhas, garrafas e baldes. Estes locais facilitam o aparecimento do mosquito transmissor.
Para mais informações sobre o assunto, acesse: saude.gov.br/combateaedes. (Da redação com informações da Agência do Rádio Brasileiro)