De volta a Palmas/TO nesta última segunda-feira, 5, após missão nas cidades chinesas de Xangai e Pequim, o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Tocantins (FIETO), o empresário Roberto Magno Martins Pires, fez um balanço das reuniões realizadas no fim do mês de janeiro com a parceria da Câmara de Comércio dos países integrantes do BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).
A agenda contemplou reuniões e visitas com representantes de importantes grupos empresariais e instituições bancárias com o objetivo de apresentar potencialidades do estado, estreitar as relações comerciais e assim viabilizar investimentos e negócios entre a China e o Tocantins.
O presidente da Câmara Arbitral do BRICS-PED, Rodrigo Dora, participou da missão considerada de grande proveito por Roberto Pires. Um dos compromissos da missão foi à reunião com a diretoria do New Development Bank (NDB). A instituição, conhecida como banco do BRICS, tem ampla atuação no fomento do desenvolvimento econômico dos países integrantes do grupo.
No Pará, por exemplo, o Banco do BRICS (NDB) analisa a liberação de recursos para obras de saneamento básico nos municípios do entorno da rodovia Transamazônica que, sendo aprovado, podem elevar de 3 para 30% o índice de urbanização da região. Já no Maranhão, o banco avalia o pedido de financiamento para pavimentação da rodovia MA 006, investimento que irá integrar três rodovias que compõem uma área produtora conhecida como anel da soja. Os dois estados, juntamente com o Tocantins, Piauí e Bahia integram o MATOPIBA, grande fronteira agrícola cujo potencial foi amplamente reforçado pelo presidente durante a missão.
Em reunião com o vice-presidente da Câmara de Comércio da China para Importação e Exportação de Alimentos, Pecuária e Gado (CCFNA) foi destacado o interesse do grupo no mercado de fruticultura e, principalmente, por seus derivados como bombons e demais produtos processados com frutos brasileiros, a exemplo do Cupuaçu.
“Isto mostra uma necessidade imprescindível que a Fieto defende para o Tocantins que é o desenvolvimento da indústria da transformação. O processamento dos produtos, além de agregar maior valor à nossa produção, encontra mercados abertos em todo o mundo como o que vimos com esta Câmara na China”, avaliou Pires sobre a reunião com o vice-presidente da Câmara, Rong Weidong e os gestores Ally Wang e Jiang Shan. O grupo participa da feira de negócios no ramo de alimentação em São Paulo no mês de junho.
Também com data marcada para vir ao Brasil, em abril deste ano, está o China Investment Association (IAC), empresa que investe em commodities. Na oportunidade, será dado andamento às definições firmadas após a reunião com este grupo de realizar um seminário para aprofundamento das informações do Tocantins e de firmar um acordo para regulamentar o âmbito das negociações.
A gigante na fabricação de máquinas, Lonking, foi visitada por Roberto Pires. Somente em 2017, a fábrica produziu 40.000 unidades de empilhadeiras e deteve 27% do mercado chinês de pás mecânicas. No Brasil, a Lonking já comercializa seus produtos para estados como o Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul e Espírito Santo. Convidado por Roberto Pires, o diretor da empresa, Mars Cai, mostrou interesse e irá confirmar uma visita ao Tocantins no período de realização da maior feira agrotecnológica da região norte, a Agrotins.
Roberto Pires reuniu-se ainda com representantes de instituições financeiras como o CDB (equivalente ao BNDES brasileiro) e a China Society for WTO Studies. A missão teve o apoio da Confederação Nacional da Indústria (CNI).
