Ainda está em andamento a Operação CC Card realizada pela Polícia Civil para desestruturar um grupo criminoso que fraudava cartões de crédito e débito para fazer compras online utilizando dados bancários das vítimas. A operação teve início na madrugada desta terça-feira, 27, e está sendo realizada em Taquaralto, região sul da capital.
No local existe uma lan house que o grupo usava como ponto de operacionalização das atividades criminosas. De acordo com informações divulgadas pela Secretaria de Segurança Pública, neste estabelecimento eram efetuadas compras online utilizando-se dos dados clonados de cartões das vítimas, até o esgotamento do crédito dos consumidores lesados, não sendo possível, ainda, chegar-se a um valor total de dinheiro fraudado pela associação criminosa.
A audácia dos criminosos chamou a atenção dos investigadores, já que a lan house funcionava nas proximidades da sede da Central de Flagrantes de Palmas, Região Sul, prédio em que funciona ainda a 5ª DPC da Capital, na Avenida Frei Galvão, em Taquaralto.
“Os criminosos enalteciam suas ações pelo fato delas ocorrerem nas proximidades de uma unidade policial, quando, na verdade, sempre foram monitorados e investigados até a comprovação da ocorrência dos delitos e do deferimento judicial das cautelares requeridas pela Polícia Civil, como os mandados de busca e apreensão hoje cumpridos”, destacou o delegado titular da 5ª Delegacia de Polícia Civil, Evaldo de Oliveira Gomes.
Até agora os policiais cumpriram 3 mandados de busca e apreensão, um deles foi na própria lan house onde foram apreendidos computadores, smartphones, remédios e até suplementos alimentares que o grupo comprava na internet com os cartões clonados. Além disso, de acordo com a SSP, o grupo cooptava jovens para a receptação dos produtos obtidos com a fraude e, também, para a venda destes bens, pagando-lhes comissões pelo serviço.
Os suspeitos serão indiciados por estelionato, furto qualificado, receptação e associação criminosa, além de corrupção de menores.
Para a titular da Delegacia de Repressão a Crimes Cibernéticos, Milena Santana de Araújo Lima, a população deve estar ciente de que a compra de artigos de origem ilícita também é crime, porque a receptação se configura mesmo sem o dolo do comprador, bastando que a situação de ilicitude do bem seja presumível, como nos casos de desproporção entre o valor do bem e o preço pedido pelo vendedor”.
A Operação CC Card está sendo realizada pela Delegacia de Repressão a Crimes Cibernéticos em conjunto com a 5ª Delegacia de Polícia Civil de Palmas e conta ainda com o apoio do Grupo de Operações Táticas Especiais, o Gote.
