A Agência de Defesa Agropecuária (Adapec) começa nesta quinta-feira, 5, ações de controle da raiva dos herbívoros (bovídeos, equídeos, ovinos e caprinos) nos municípios de Barrolândia, Paraíso e Rio Sono. Desde essa última terça-feira, 3, também deu início ao ciclo de palestras sobre a doença, direcionadas aos agentes públicos de saúde de Santa Maria, Centenário, Itacajá, Tupiratins, Itapiratins, Pedro Afonso, Bom Jesus do Tocantins e Tupirama. O objetivo é levar informações visando à proteção da saúde pública e o controle da enfermidade.
No Tocantins, mesmo com a raiva controlada, as equipes estão continuamente no campo, seja com ações de controle populacional do morcego hematófago, principal transmissor da doença na zona rural, ou levando conhecimento sobre a zoonose, que pode ser transmitida ao homem. “Nosso trabalho é contínuo, pois a raiva causa prejuízos econômicos e é uma doença fatal para animais e humanos, por isso, estamos sempre levando informações e executando nossas atividades”, disse o presidente da Adapec, Alberto Mendes da Rocha.
De acordo com o responsável pelo Programa Estadual de Controle da Raiva dos Herbívoros, José Emerson Cavalcante, o morcego hematófago é a referência fundamental para mapear a circulação do vírus. “Fazermos ações específicas nas regiões consideradas focos ou em atendimento à demanda dos produtores rurais, que nos notificam sobre a existência de abrigos ou mordedura de morcegos em animais herbívoros” destaca.
“Nas palestras compartilhamos conhecimentos e incentivamos a consciência de todos os envolvidos em relação os riscos, prevenção e a importância das nossas atividades”, avalia o inspetor agropecuário, José Pereira Veloso Júnior, que tem ministrado palestras nos municípios citados até o dia 12 de abril.
Dados
Em 2017, foram realizadas 275 palestras com a participação de 6.224 pessoas em todo o Estado. Neste mesmo período, foram realizadas 560 ações resultando na captura de 2.814 morcegos hematófagos, deixando o Tocantins atrás somente do estado de São Paulo. Foram feitas 2.932 vigilâncias ativas e registrado apenas 43 focos de raiva.