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Saúde

Foto: Divulgação

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O Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Tocantins realizou na última semana, em Palmas/TO, a 1ª Oficina de redução de danos: Povos indígenas e os agravos decorrentes do uso do álcool. Participaram do evento 30 profissionais do DSEI TO, entre médicos, dentistas, enfermeiros, técnicos de enfermagem, psicólogos, lideranças indígenas e representantes da Fundação Nacional do Índio (FUNAI).

A intenção do encontro foi discutir danos causados pelo uso abusivo do álcool nas comunidades indígenas do estado, seus indicadores e traçar estratégias de redução de danos no consumo de bebidas e outras drogas. O projeto faz parte do cronograma de ações elaborado pela área técnica de Saúde Mental, com integração dos programas de Saúde Bucal, Vigilância Alimentar e Nutricional, Saúde da Mulher e da Criança.

Para o coordenador do DSEI TO, Marcelo Lucena, a integração entre as áreas vai ampliar a atenção e cuidado para esse tema. “A atuação em conjunto de diversas áreas do DSEI e das lideranças indígenas vai qualificar o levantamento das informações e propostas. Com isso, teremos a construção de um projeto pedagógico para a promoção da educação, autocuidado e saúde, focado no enfrentamento do consumo prejudicial de álcool e outras drogas”, destacou.

A Oficina vai dar continuidade às várias frentes de atuação das Equipes de Saúde dos DSEIs, para a redução de danos causados pelo consumo abusivo de álcool e outros agravos psicoquímicos, que é uma das prioridades das ações de saúde mental da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai/MS).

Saúde mental

O Ministério da Saúde (MS), por meio da Sesai e dos DSEIs, trabalha na prevenção aos agravos relacionados ao tema, principalmente junto à população jovem e adulta, ofertando acolhimento e suporte aos sofrimentos mentais dessa população, além de se desenvolverem ações de promoção do bem-viver. As equipes de saúde que atuam diretamente nas aldeias desenvolvem ações coletivas e individuais que compõem uma estratégia de cuidado integral.

O MS atua na prevenção a fatores de risco para o sofrimento mental como violência doméstica, uso prejudicial de álcool, discriminação e outros fatores subjetivos que interferem na saúde da população indígena como um todo. Na forma de atuação, as equipes de saúde, com apoio de psicólogos e assistentes sociais, realizam grupos de escuta, suporte e discussão sobre temas variados, além de atividades de fortalecimento, organizando uma linha de cuidado que inclui desde os cuidadores tradicionais indígenas até o acesso à rede de atenção psicossocial.