A Agência de Defesa Agropecuária (Adapec) divulgou na tarde desta terça-feira, 10, uma Nota Técnica onde afirma que todas as propriedades focos para Mormo foram saneadas, portanto até a presente data, todos os focos existentes foram extintos do Estado do Tocantins. Desde 2015 quando surgiram os primeiros casos no Estado, a Agência traçou uma série de medidas sanitárias para controlar os focos da doença. O último registro de animal positivo foi em 22 de novembro de 2017.
O presidente da Adapec, Humberto Camelo comemorou a notícia afirmando que ao longo destes anos o órgão trabalhou de maneira séria e intensiva para manter o controle da doença, e que a mesma, não se alastrasse por outras regiões. “Esta informação é motivo de comemoração para nós e para todos os produtores rurais do Tocantins que possuem equídeos, pois desde a confirmação do primeiro foco, que ocorreu em junho de 2015, a Adapec tomou todas as medidas de defesa sanitárias necessárias para sanear os focos, investigar os vínculos epidemiológicos dentre outras medidas, todas com o objetivo de controlar e impedir a disseminação da enfermidade”, disse Humberto.
O responsável pelo Programa Estadual de Sanidade dos Equídeos (PESE), Raydleno Mateus Tavares, explicou que o trabalho realizado pela equipe técnica da Adapec foi criterioso para evitar a disseminação da doença para outras regiões do Estado, onde foram saneadas todas as 19 propriedades focos; investigação epidemiológica em mais 104 propriedades, resultando em 2.365 exames em animais. “Hoje podemos afirmar que graças a este trabalho conseguimos extinguir os focos nos municípios envolvidos: Formoso do Araguaia, Sandolândia, Cariri, Palmas e Palmeirante”, disse Raydleno.
Mesmo com esta noticia é importante que os produtores rurais continuem atentos aos cuidados para evitar o surgimento de novos focos, comprar animais somente com exames negativo para a doença. Além disso, em caso de suspeita do Mormo comunicar imediatamente à Adapec.
Para retomar o status de zona livre do mormo, o Tocantins precisa estar três anos sem notificação de focos da doença, além de passar pelos processos normativos do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa).
O Mormo
O Mormo é uma doença infectocontagiosa causada pela bactéria Burkholderia mallei que acomete principalmente os equídeos (asininos, equínos e muares). Nos equídeos, os principais sintomas são nódulos nas narinas, nos pulmões e nos gânglios linfáticos, corrimento purulento, pneumonia, febre e emagrecimento. Existe ainda a forma assintomática na qual os animais não apresentam sintomas, mas possuem a enfermidade, sendo uma importante fonte de infecção para animais sadios e humanos. Não existe vacina e nem tratamento, o único método preconizado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento- MAPA é o sacrifício sanitário dos animais positivos, conforme Instrução Normativa MAPA Nº 06, de 16 de janeiro de 2016.”