Depois de mais de 10 anos Fábio Pisoni (36), foi condenado a 34 anos de prisão pelo assassinato de Vinícius Duarte, além da tentativa de homicídio contra Leonardo Melo e também porte ilegal de arma. O julgamento de Pisoni começou nesta última terça-feira, 24, às 8h30 e se estendeu até a madrugada desta quarta-feira. Ele foi julgado por um júri popular e não escapou da condenação.
"Passados mais de dez anos o resultado do júri ontem em Gurupi foi justo, muito justo. O corpo de jurados acolheu a tese defendida pelo Ministério Público e condenou Fábio Pisoni por homicídio e tentativa de homicídio triplamente qualificado, além de posse ilegal de arma de fogo", avaliou a promotora do caso Ana Lúcia Bernardes.
O Ministério Público pleiteou o cumprimento imediato da pena que foi atendido pelo juiz presidente do tribunal, Ademar Alves Filho, e Pisoni já deixou o tribunal de algemas. Ele foi conduzido ainda na madrugada para a Casa de Prisão de Provisória de Gurupi e nesta quarta será transferido para o presídio de Cariri. "Isso atende aos reclames sociais. É o que tem de mais moderno e eficiente no cumprimento da justiça", declarou a promotora.
O julgamento foi realizado no Fórum de Justiça de Gurupi. Seis testemunhas arroladas foram ouvidas, além de Leonardo Melo, vítima que sobreviveu à tentativa de homicídio.
Entenda
Os crimes ocorreram na madrugada de 8 de dezembro de 2007, na cidade de Gurupi e ganharam grande repercussão na mídia. Segundo a denúncia criminal, Fábio efetuou seis disparos de arma de fogo contra o carro em movimento no qual estavam Vinícius, Leonardo e outras quatro pessoas. O motivo teria sido uma discussão iniciada em uma festa.
A vítima Vinícius Duarte de Oliveira tinha 21 anos e foi atingida por dois tiros, sendo um deles no coração, e não resistiu aos ferimentos. Já a vítima Leonardo Veloso Melo sofreu lesões na cabeça, mas recuperou-se.
“Há muito tempo venho acreditando da Justiça. A dor é muito grande. O que posso fazer é ter fé e acreditar que a justiça foi feita”, disse Solange Duarte, mãe de Vinícius.
Foragido, Pisoni foi preso em 2012, em uma blitz no interior do Estado de São Paulo. Em 2015 conseguiu liberdade provisória. Dois anos depois voltou a ser preso, mas foi novamente posto em liberdade pelo Tribunal Superior de Justiça. (Com informações do MPE-TO)